Luanda - Segunda-feira, 5 de Fevereiro de 2007 - 01:09 ANGOLA | ANGOP | PESQUISA | FALE CONNOSCO   
Primeira página | Política | Economia | Social | Desporto | Cultura | África | Internacional | Especiais
Kwanza Norte: Revoltas anti-colonial dos angolanos confluem no 04 de Fevereiro

Ndalatando, 02/02 - O historiador e professor universitário Cornélio Calei disse hoje, em Ndalatando, que o conjunto de revoltas empreendidas pelos angolanos no quadro da resistência antí-colonial confluem no 4 de Fevereiro de 1961 e encontram nessa data o seu significado patriótico.

O também sociólogo e homem de letras, avançou tal raciocínio ao abordar a "Importância histórica do 4 de Fevereiro", durante uma palestra que no Kwanza Norte marcou a abertura dos festejos do quadragésimo sexto aniversário do Início da Luta Armada de Independência Nacional.

Durante a dissertação, que cativou a atenção de mais de 600 pessoas no Cine Ndalatando, Cornélio Calei salientou que sem a acção do 4 de Fevereiro a Independência de Angola seria mais tardia e, sobretudo, não seria aquela independência total de que hoje se usufrui.

Desde a data do 4 de Fevereiro de 1961, Angola deixou de ser a mesma, "porque caiu por terra a teoria do luso-tropicalismo" que dizia que os portugueses estavam a construir sociedades especiais nos territórios que ocupavam, fazendo entender que aí não havia racismo e que havia igualdade de direitos entre as diferentes raças.

O 4 de Fevereiro veio desmentir tal teoria, lembrou, pontualizando que a partir daquela data, no interior do país, os funcionários negros passaram a ser vigiados.

O palestrante defendeu a necessidade de os estudiosos e os investigadores trabalharem mais no sentido de se apurar quantos angolanos foram mortos, quantos desapareceram e quantas famílias ficaram órfãs, como reflexo dos acontecimentos do 4 de Fevereiro.

Para o académico, com o 4 de Fevereiro edificou-se, definitivamente, a barreira de luta entre duas frentes: a dos oprimidos, que lutavam pela liberdade e a dos opressores, que eram os colonos e os seus correligionários.

Durante a palestra, em que se destacou a presença do governador do Kwanza Norte, Henrique André Júnior, o prelector referiu que o 4 de Fevereiro colocou Angola numa ordem social, política e económica diferente, obrigou o sistema colonial a rever a sua legislação em relação aos angolanos, aboliu o indigenato e o funcionário negro passou a usufruir de algumas regalias, entre outras reformas.

"Eles (colonialistas), tentaram fazer tudo isso para combater aquilo a que chamavam a rede terrorista", lembrou, sentenciando que todas aquelas políticas actuaram como faca de dois gumes, pois à medida que prendiam os "terroristas", mais terroristas apareciam.

Durante o encontro, em que abordou os acontecimentos históricos que conduziram os angolanos ao 4 de Fevereiro de 1961, e os desenvolvimentos do "pós 04 de Fevereiro", o orador procurou apresentar uma visão política a partir dos factos históricos de Angola.

Primeira página | Política | Economia | Social | Desporto | Cultura | África | Internacional | Especiais | 24 sobre 24
© 1996-2003 Angop. Todos os direitos reservados.
00:13 - Agenda Noticiosa Nacional
00:07 - Moxico: Vice-governador enaltece heróis do quatro de Fevereiro
23:33 - Moxico: População do Léua ganha infra-estruturas sociais
23:14 - Bengo: Ministro dos Antigos Combatentes ausculta preocupações dos ex-guerrilheiros
23:12 - Bengo: Inaugurado sistema de enérgia solar na comuna do ÚKua
23:10 - Kwanza-Norte: Governador considera inaceitável contínuo abandono das unidades económicas da provínci
22:51 - Huambo: Governo investe quinze milhões de kwanzas na reabilitação do edifício da Veterinária
22:46 - Kwanza Norte: Melhoria da qualidade de vida da população é um tributo aos heróis do 4 de Fevereiro -
22:43 - Futebol: 1º de Agosto imparável na competição interna
22:35 - Polidesportivo: Conquista de troféus pelo Interclube e 1º de Agosto marcam semana
20:49 - Futebol: 1º de Agosto conquista Supertaça