Luanda - Segunda-feira, 5 de Fevereiro de 2007 - 01:07 ANGOLA | ANGOP | PESQUISA | FALE CONNOSCO   
Primeira página | Política | Economia | Social | Desporto | Cultura | África | Internacional | Especiais
ONU: Países em fase do pós-guerra necessitam de assistência contínua

Nações Unidas, 02/02 - O presidente da Comissão de Consolidação da Paz da ONU, o angolano Ismael Gaspar Martins, defendeu, em Nova Iorque, a necessidade da comunidade internacional continuar a apoiar os países em período pós guerra, por considerar complexo o processo de consolidação da paz nestes.

Segundo uma nota de imprensa da Missão Permanente de Angola na ONU, chegada hoje à Angop, o presidente pronunciou-se quarta-feira na abertura do Conselho de Segurança, que analisou a "Consolidação da Paz no período do pós-guerra", numa iniciativa da Federação Russa, que durante o mês de Janeiro presidiu o órgão.

Ismael Martins reiterou a necessidade de se pôr em prática o compromisso assumido pela comunidade internacional, com vista a aliviar o sofrimento das populações nos países emergentes de conflitos.

Para ele, o mais importante para as populações em situação de crise, são "acções concretas e não discursos eloquentes".

Na sua intervenção, o responsável disse ser de capital importância e responsabilidade nacional dos países, porquanto estes devem conduzir os processos, por terem a responsabilidade primária.

Apelou a um maior engajamento dos principais parceiros, nomeadamente os governos, as Nações Unidas, instituições financeiras internacionais, organizações regionais, doadores internacionais e a sociedade civil, incluindo as ong e o sector privado, a prestar maior atenção a estes países.

Relativamente aos propósitos que nortearam a criação desta Comissão, o seu presidente lembrou que um deles é a mobilização de recursos e a adopção de estratégias integradas para a recuperação económica no período do pós-guerra.

O diplomata angolano disse ainda que este compromisso deve ser rigorosamente observado, pelo que "a alocação de fundos para o Burundi e Serra Leoa representa um passo importante para o Fundo de Consolidação da Paz".

A comissão de Consolidação da Paz é um órgão cujo estabelecimento foi decidido pelos Chefes de Estado e de Governo na Cimeira das Nações Unidas de Setembro de 2005 e das Resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança da ONU, relativamente à necessidade de criar este primeiro órgão inter-governamental consultivo, que tem como principal função: mobilizar recursos financeiros por parte da Comunidade Internacional.

A consecução destes recursos financeiros tem como finalidade traçar estratégias integradas de recuperação económica no período pós-guerra, reconstrução nacional e desenvolvimento sustentável, com o objectivo de evitar que os países regressem à guerra.

A comissão é coordenada por um comité que integra 31 membros, incluindo Angola.

A criação da Comissão de Consolidação da Paz enquadra-se nas reformas da ONU propostas pelo então secretário-geral, Kofi Annan, face a necessidade premente de tornar a organização mais eficaz e efectiva no tocante às ameaças e desafios dos dias de hoje.

Serra Leoa e Burundi , ambos em fase de recuperação, depois de longo período de guerras, são os beneficiários dos fundos da contribuição voluntária da Comunidade Internacional. Nos próximos dias, o Burundi vai receber cerca de 35 milhões de dólares.

A Assistente do Secretário Geral para o Gabinete de Apoio à Comissão de Consolidação de Paz, Carolyn McAskie, disse ser objectivo comum, mobilizar toda máquina institucional das Nações Unidas, tendente a promover políticas e melhores práticas para lidar com as necessidades complexas e difíceis enfrentadas pelos países emergentes de conflitos armados.

Mais de quarenta, foi o número de intervenientes que falaram no Conselho de Segurança da ONU, que ouviu não apenas os países membros, mas também os representantes das instituições financeiras internacionais.

Richard Munzberg, do Fundo Monetário Internacional, concordou que os países devem apostar na responsabilidade nacional e reiterou que o órgão que representa está a trabalhar activamente com o Burundi e a Serra Leoa.

Falando em representação do Banco Mundial, Oscar A. Avalle disse que mais de um bilhão de pessoas nos países pobres estão ou estarão sob risco de conflitos armados.

"Nós podemos e temos que trabalhar juntos para garantir a responsabilidade nacional, apoio internacional e uma colaboração estratégica no seio de todos os parceiros, com vista a garantir uma paz e desenvolvimento sustentáveis duradoiros", frisou.

No próximo dia 06 do corrente, a Assembleia Geral da ONU realiza uma sessão similar para reflectir sobre os progressos e desafios da Comissão de Consolidação da Paz.

Primeira página | Política | Economia | Social | Desporto | Cultura | África | Internacional | Especiais | 24 sobre 24
© 1996-2003 Angop. Todos os direitos reservados.
00:13 - Agenda Noticiosa Nacional
00:07 - Moxico: Vice-governador enaltece heróis do quatro de Fevereiro
23:33 - Moxico: População do Léua ganha infra-estruturas sociais
23:14 - Bengo: Ministro dos Antigos Combatentes ausculta preocupações dos ex-guerrilheiros
23:12 - Bengo: Inaugurado sistema de enérgia solar na comuna do ÚKua
23:10 - Kwanza-Norte: Governador considera inaceitável contínuo abandono das unidades económicas da provínci
22:51 - Huambo: Governo investe quinze milhões de kwanzas na reabilitação do edifício da Veterinária
22:46 - Kwanza Norte: Melhoria da qualidade de vida da população é um tributo aos heróis do 4 de Fevereiro -
22:43 - Futebol: 1º de Agosto imparável na competição interna
22:35 - Polidesportivo: Conquista de troféus pelo Interclube e 1º de Agosto marcam semana
20:49 - Futebol: 1º de Agosto conquista Supertaça