Futebol/Mundial: Luandenses mantêm confiança nos Palancas Negras
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Luandenses mantêm confiança nos Palancas Negras |
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Luanda, 16/06 - Apesar da derrota na estreia de Angola, a
cidade de Luanda acordou hoje com uma agitação fora do normal,
por causa do jogo desta noite entre a selecção nacional de
futebol e a sua similar do México, que poderá determinar a permanência
dos Palancas Negras na Copa do Mundo da Alemanha.
Angola perdeu a primeira partida, por 0-1, frente a Portugal e se
voltar a ser derrotada poderá começar a "arrumar as malas" para
regressar, embora tenha ainda de jogar com o Irão no próximo dia 21.
Ainda na noite de quinta-feira, a conversa que dominava no seio
dos citadinos era, principalmente, em torno do encontro, tendo sido
possível notar um certo optimismo numa eventual surpresa
protagonizada pelos comandados de Oliveira Gonçalves.
Na manhã de hoje, a capital do país acordou "invadida" por
populares e viaturas exibindo camisolas, bandeiras, bonés e cachecóis
com as cores nacionais (vermelha, amarela e preta) em apoio a selecção
que procura dignificar o nome do país a nível do futebol mundial.
Segundo o enfermeiro Alberto Rodrigues, a confiança que deposita
no conjunto nacional reside no facto da equipa nacional ter feito uma
boa partida contra a formação portuguesa que, de certo modo, deixa
os jogadores motivados.
"A nossa selecção só perdeu porque sofreu um golo muito cedo, se
assim não fosse até poderiamos ganhar", frisou.
Já o estudante do ensino médio José Cristóvão disse que enverga o
boné dos Palancas Negras porque acredita que eles, ainda que sejam
eliminados na primeira fase do mundial, poderão tornar-se numa
equipa de respeito a nível do continente africano, impondo respeito
a selecções como Camarões, Nigéria e Egipto, que dominam a
modalidade na região.
A arquitecta Lizeth Loureiro refere que não vai perder o jogo desta
noite porque tem fé que o seleccionador nacional vai pôr em campo
todas as suas melhores peças para tentar fugir a eliminação prematura,
o que vai resultar num excelente espectáculo de futebol.
"Gosto de ver a selecção nacional a jogar quando sobre ela pesa a
responsabilidade de vencer, porque esta obrigação me faz lembrar o
jogo contra o Rwanda que garantiu a nossa classificação ao mundial",
acrescentou.
O ex-futebolista Noé Sotto Mayor, que actuou pelo ASA e 11 Bravos do Maquis, acredita igualmente numa boa postura do combinado
nacional, mas apela ao técnico nacional a fazer alterações no ataque.
Segundo ele, quando o ataque duma equipa não funciona, quem
sofre é o sector defensivo.
"É necessário pôr-se em campo um ataque que empurre os
mexicanos para a sua defesa", referiu.
Por seu turno, o professor primário Joaquim Quitexe diz manter-se
confiante, pois acredita que o avançado Akwá saberá tirar o povo
angolano do sufoco em que se encontra, tal como fez em outras
ocasiões.
Referiu que Akwá é o salvador da selecção angolana e que se não tem
marcado nos últimos jogos é porque tem faltado oportunidades.
Para esta tarde, findo horário laboral, espera-se que as manifestações de
incentivo aos Palancas se intensifiquem, principalmente por tratar-se
de prenúncio de final de semana, altura em que os torcedores estão
menos preocupados com as suas responsabilidades profissionais.
A partida entre angolanos e mexicanos acontece às 20 horas de Angola.
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