Portugal: Antigo guarda-redes confiante na qualificação dos Palancas Negras
Lisboa, 15/06 (Da Delegação da Angop) - O antigo guarda-redes do Asa e da
selecção de esperança, Paulo Victor, actualmente a exercer o cargo de treinador
em Portugal, onde se encontra radicado há seis anos, mostrou-se hoje confiante
quanto a qualificação dos Palancas Negras.
"Qualquer resultado positivo diante do México abriria fortes perspectivas de
chegarmos a fase seguinte do mundial", disse, incitando os jogadores a tomarem
a iniciativa do desafio desde os primeiros minutos para não dar margem ao
adversário.
No entanto, para a concretização deste feito histórico, Paulo Victor considera
imprescindível que na próxima sexta-feira os jogadores entrem em campo
acreditando nas suas capacidades, jogando com determinação e corrigindo alguns
erros cometidos no desafio anterior, sobretudo no sector defensivo.
Todavia, no entender do antigo praticante, actualmente treinador de futebol
do Benfica do Ribatejo, da primeira divisão distrital lusa, é fundamental que os
Palancas Negras actuem com a mesma atitude demonstrada no jogo inaugural
diante dos portugueses, em que poder-se-ia ter alcançado um empate.
Na sua óptica, uma pressão sobre o adversário a partir da primeira linha da
construção do jogo, de forma a evitar que os mexicanos saiam em contra ataque,
poderá surtir efeitos desejados e contrariar a equipa contrária.
"Os mexicanos jogam muito no contra-ataque, por isso, enquanto os Palancas
tiverem a posse da bola, deverão fazé-la circular com rapidez, dando largura e
profundidade, tendo em conta a qualidade de alguns dos nossos jogadores",
disse.
Por seu turno, João Santos, um dos dirigentes associativo responsável pela
grande mobilização da comunidade angolana para sexta-feira, no Parque do
Calhau, no Monsanto, arredores de Lisboa, é de opinião que o técnico Oliveira
Gonçalves terá de ser mais ousado neste jogo em que Angola tem a obrigação
de vencer para poder seguir em frente.
Entretanto, a semelhança do que aconteceu no jogo inaugural diante de Portugal,
tudo está a ser feito para que o Calhau acolha mais de cinco mil angolanos que
diante de um écran gigante apoiarão e sofrerão até ao apito final.
Aproveitando o feriado que hoje se regista em Portugal, os angolanos, sobretudo
das grandes localidades, como Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Algarve e Setúbal
preparam-se para vestir-se a rigor, com as cores vermelha, preto e amarela,
munidos de bandeiras e cachecóis, para, uma vez mais, darem outro colorido e alegria
a boa maneira da terra, enquanto durar a grande festa.
A comunidade angolana tem, contudo, dado mostras eloquentes de disciplina,
solidariedade, fair-play e, acima de tudo, uma capacidade invulgar de festejar
com vivacidade e alegria.
Garantem, para já, estar com a selecção nacional em todos os momentos, com
a mesma força e vontade de vencer, independentemente da natureza do
adversário.
|