Celle, Hannover, 13/06 (Dos enviados especiais) - O avançado togolês Emmanuel Adebayor é a "grande estrela" da sua selecção, que se estreia hoje diante da Coreia do Sul, em Frankfurt, para o Grupo G.

Conhecido por "príncipe Yorouba", Adebayor foi o "goleador-mor" nas eliminatórias africanas para o CAN e Mundial e é um dos jogadores mais promissores da sua geração no continente, que se faz representar por cinco "embaixadores", entre os quais Angola.

Fisicamente magro, com estatura de basquetebolista, Adebayor teve uma ascensão digna de realce no seu talento e vive os grandes momentos do futebol togolês.

O atleta nasceu em Fevereiro de 1984 em Lomé, numa época em que os adeptos locais lembravam ainda a pobre prestação da selecção no primeiro Campeonato Africano das Nações, disputado na Côte d`Ivoire.

Nessa altura, integrados no grupo A, os "Escorpiões", como é designada a selecção togolesa, terminaram na última posição.

Pertence ao grupo étnico Yorouba, os pais se mudaram para Togo, idos da Nigéria, muito antes de seu nascimento. Abençoado com uma vida tranquila, o jovem começou a dar nas vistas, graças a sua habilidade, tendo convencido os directores da escola de futebol do Lomé Sporting Club.

Seu talento fez com que fosse chamado pela primeira vez à selecção juvenil do seu país para participar num torneio internacional na Suécia. Foi a partir desse torneio em pátria escandinava que o jogador viu se abrirem as portas para actuar na Europa, com o FC Metz a manifestar interesse.

Aos 17 anos, mudou-se para a França e entrou para a equipa principal do Metz. Na luta "ombro a ombro", sempre levou a melhor sobre os adversários e isso impressionou os técnicos da liga gaulesa.

Na época 2002/2003 terminou o campeonato francês com 13 golos, tornando-se no segundo melhor marcador da prova.

Essa trajectória "colocou" na briga pelos seus préstimos grandes emblemas do futebol europeu, entre os quais Juventus de Itália e Arsenal da Inglaterra, mas ficou no plantel do Mónaco, em França, treinado na altura por Didier Deschamps.

Foi eleito melhor jogador do Togo, em 2004. A chegada do técnico nigeriano Stephen Keshi marcou o início de uma nova era para a selecção e para o atleta. No reinado de Keshi, Adebayor estabeleceu-se como o líder do conjunto, ao se destacar nas eliminatórias do Mundial-2006.

Durante a campanha, espalhou o medo e pânico entre muitos defesas africanos. Marcou 11 golos e sagrou-se melhor goleador da zona africana, tendo o continente reconhecido seu sucesso, integrando-o na lista dos cinco melhores jogadores africanos de 2005.

Adebayor está determinado a "saborear" cada momento de vitória. Embora sonhe ajudar seu país a conquistar o primeiro CAN e ter uma prestação assinalável na Copa da Alemanha, mantém-se humilde e alegre.