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Presidente da República lamenta fraco aumento da produção

Luanda, 11/11 - O presidente da República, José Eduardo dos Santos, lamentou hoje, na cidade do Namibe, o facto da produção nacional ter sido muito fraca nos ultimos anos "e continuar-se a importar quase tudo".

"Os preços dos bens essenciais de consumo, importados, continuam a aumentar sem qualquer justificação aceitável", referiu o chefe de Estado Angolano, que falava num comício alusivo ao 29 aniversário da proclamação da Indenpência nacional.

"Três ou quatro grandes grupos empresariais, controlados por cidadãos estrangeiros, dominam o comércio grossista e manipulam os preços, criando dificuldades evitáveis à gestão macro-económica do Governo e complicando a vida dos angolanos que os acolheram com toda a hospitalidade", apontou.

José Eduardo dos Santos referindo-se aos lucros fabulosos que esses grupos, disse serem, pelo menos em parte, reinvestidos no país, havendo uma sangria constante de divisas da economia. "A quadra festiva do natal e do Ano Novo é normalmente o momento em que esses preços aumentam assustadoramente, sem razões plausíveis".

"Peço a estes empresários, ponderação", acrescentou,salientando que cooperem mais com as entidades competentes do Governo, que contribuam para a estabilidade dos preços, ajudando, assim, a atenuar o sofrimento dos angolanos.

Igualmente solicitou aos empresários angolanos "mais capazes" que se envolvam também nessa área de actividade económica, a fim de aumentar-se a concorrência.Que se multipliquem as suas actividades nos diversos ramos da produção de bens, para se reduzir ou substituir as importações e aumetar-se as exportações no futuro, disse.

O Governo tomará decisões mais adequedas para superar as suas deficiências no domínio da coordenação inter-sectorial e da implementação de medidas de carácter estrutural, que permitam relançar a produção interna de bens e serviços, segundo o presidente da República.

Anunciou que vai ser revista a política agrícola, com a finalidade de melhorar organizar e direccionar o apoio a prestar aos camponeses e os incentivos e facilidades a conceder aos empresários que queiram realizar grandes investimentos na agricultura.

Será também reavaliada a aplicação da política de privatizações no sector produtivo em geral. A realidade, segundo José Eduardo dos Santos, mostra que não vale a pena continuar a ceder empresas ou qualquer património público a quem não tenha vocação para negócios.

"Precisamos de pessoas empreendedoras que possam preencher o espaço que o Estado deixa, à medida que se retira da produção, sem prejudicar o desenvolvimento da economia nacional", advogou.

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