Roberto de Almeida diz que 11 de Novembro é produto do sacrifício de angolanos
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Presidende do Parlamento considera o 11 de Novermbro um marco histórico |
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Luanda, 11/11 - O presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida, afirmou esta semana em Luanda, que o 11 de Novembro marca o fim da dominação colonial e o coroar do esforço e sacrifício consentidos pelo povo angolano, para conquistar a independência.
Em entrevista exclusiva à ANGOP, a propósito do
28º aniversário da Independência de Angola, a ser
assinalado na próxima terça-feira, Roberto de Almeida
referiu que o balanço desses anos não pode ser muito
positivo, "dado o passado recente que fomos obrigados
a viver".
"Registaram-se inúmeras destruições e perdas
materiais e humanas. O tecido social foi rompido e
perderam-se os valores morais", afirmou, referindo
que nesta viragem nada foi poupado, nem escolas,
hospitais, pontes, estradas, barragens, meios de
trabalho, campos de cultivo, homens, velhos, mulheres
e crianças.
O líder do parlamento angolano acrescentou ser
agora importante retomar a caminhada, armados de
nova fé e "com os olhos secos" olhar para o futuro.
Lembrou, entretanto, que a noite da independência,
passada no Largo 1º de Maio, em Luanda, ficou para
sempre marcada na sua memória, adiantando que
estava consciente de que o futuro imediato de Angola
não seria pacífico.
Para si, na sequência dos grandes combates que se
tinham travado, era manifesto o desejo de continuação
da ingerência das potências estrangeiras nos assuntos
internos do jovem país.
"Hoje, após o restabelecimento da paz, estou certo
de que a República de Angola poderá construir um
futuro radioso, com o povo livre empenhado na
reconstrução, em busca de uma vida mais digna",
enfatizou.
Com a paz, sublinhou, está ao alcance de Angola
uma era de desenvolvimento e prosperidade, com todo
o povo reconciliado. Roberto de Almeida refere ainda
que todos devem defender esta paz, e recorda que "temos
recursos e conhecimentos que nos permitem trabalhar
e pugnar em prol da felicidade e bem-estar de todo o
povo".
Citando a preservação da integridade territorial do
país e a capacidade de sacrifício e resistência do povo
angolano como os principais feitos e conquistas de
Angola pós-independência, o Presidente da Assembleia
Nacional refere que "aos olhos de todo o Mundo, da
Comunidade Internacional, foi uma atitude de extrema
dignidade e patriotismo, cujos frutos resultaram no
entendimento alcançado em Abril de 2002".
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