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Foto: Angop/Arquivo |
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Presidente da República em Gaberone: A boa governação vale para qualquer governo do mundo e não apenas para África |
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Gaberone, 06/06 (Do enviado especial da Angop) - O presidente José Eduardo dos Santos disse nesta quinta-feira, em Gaberone, que a boa
governação é objectivo do governo angolano e existe esforço interno
no sentido de haver um executivo que desempenhe as suas funções cada vez melhor.
José Eduardo dos Santos fez esta declaração no decurso de
uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo
tswanês, Festus Magote, no final da sua primeira visita oficial ao
Botswana.
Segundo o estadista angolano, a questão da boa governação
tem sido uma condição imposta pelas organizações financeiras
internacionais para desbloquear ajuda para determinados países.
"Penso que esta condição é demonstração de uma
má-vontade porque a boa governação é um objectivo e não é uma
pré-condição", sublinhou .
O estadista angolano frisou não concordar que esta
pré-condição seja utilizada para inviabilizar a governação dos
países em África.
"Vamos continuar a mobilizar a comunidade internacional e
esclarecê-la sobre os nossos propósito, precisamos de ajuda para
reconstrução nacional mas também precisamos de parceria
fundamentalmente e diremos que contaremos nesta parceria com
um esforço angolano, com um esforço interno", asseverou.
Adiantou que boa governação tem de ser um objectivo de um
programa do governo angolano não apenas uma exigência da
comunidade internacional.
Acrescentou que este princípio de boa governação também
tem sido factor para criação da instabilidade em África.
"Quando os Estados africanos não recebem ajuda, não
recebem assistência eles enfraquecem-se, enfraquecendo-se
governam cada vez pior e criam naturalmente a instabilidade
porque a oposição ataca", explicou.
Referiu que os países mais desenvolvidos podem ajudar a
África a melhorar a governação e de alguma forma tem feito isto.
"As organizações financeiras como o FMI têm delineado
programas de assistência técnica para melhorar a gestão
financeira, a elaboração dos orçamentos, para melhorar a
elaboração dos planos, do sistema de estatística e do
funcionamento dos bancos centrais".
Em sua opinião, "estando nós em sistemas democráticos em
que toda a fiscalização cabe aos parlamentos a tarefa relativa ao
controlo da governação deveria ser atribuída aos parlamentos e
nunca as instituições extra-nacionais".
Salientou que a boa governação é um conceito subjectivo e ele
vale para qualquer governo do mundo, não apenas para os
africanos.
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