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Luanda, 04/10 - O Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos, reconheceu quinta-feira, em Luanda, a existência na província de Cabinda
"de focos de guerrilha" que no entanto devem ser considerados como um "problema interno de Angola".
È uma parcela integrante de Angola que vive uma situação "especial", recordou o Presidente, para igualmente referir que o Governo Angolano tem polítícas "definidas" para o tratamento desta questão.
Trata-se de uma política "multidisciplinar" que vai desde o diálogo
com as populações e os quadros, até a prestação de uma "maior atenção" às
questões de natureza Económica e Social da
Região.
As reivindicações que surgem, segundo José Eduardo dos Santos, justificam-se pelo facto de "não se estar a prestar desde a algum tempo a
esta parte a devida atenção na resolução dos problemas locais".
Uma vez alcançada a paz, o Governo está em condições de prestar "maior atenção para a resolução destes problemas Económicos e Sociais
locais", não só em Cabinda como em outras regiões do país, asseverou.
"A nossa primeira aposta é melhorar as condições económicas e sociais,
para que a qualidade de vida das populações melhore significativamente". "E
depois disto veremos ainda se haverá outras reinvindicações, (...) não
acredito que venham a existir", segundo ainda o Presidente.
Entretanto, "se as houver, a nossa via é o dialógo para a busca de
soluções dentro da harmonia Nacional.
Noutra parte da sua intervenção, José Eduardo dos Santos reafirmou a
sua confiança numa "solução próxima para o conflito na República
Democrática do Congo (RDC).
As forças estrangeiras começaram o processo de retirada e por outro
lado reconhecem-se os esforços do representante da ONU para promover o
diálogo nacional intercongolês, assinalou.
José Eduardo dos Santos falava numa conferência de imprensa que assinalava o final da Cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral (SADC), de que é, desde quarta-feira, Presidente.
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