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Luanda, 03/10 - A Comunidade de Desenvolvimento da África
Austral (SADC) "solidariza-se" com as reformas agrárias levadas a cabo
pelas autoridades zimbabweanas, segundo o seu Presidente, José Eduardo
dos Santos.
"Durante a Cimeira, analisamos profundamente esta situação", disse o
também Chefe de Estado angolano, depois de uma delegação zimbabweana ter
prestado uma "informação substancial" sobre os acontecimentos.
"A posição da região permanece a mesma, (...) é de solidariedade e de
apoio ao Zimbabwe", cujo país se fez representar na Cimeira da SADC pelo
seu Presidente, Robert Mugabe.
José Eduardo dos Santos recordou que na região existe um processo de
democratização. "Não acredito que haja qualquer líder que se possa opor
a este movimento irreversível" sublinhou.
Admitiu que ainda existe uma "leitura errada do que se passa na nossa
região e se calhar em todo o Continente Africano".
Levar a cabo Programas concretos de combate a pobreza, frisou,
constitui uma das prioridades dos Estadistas da Região, e a política de
reformas agrárias que se desenvolve no Zimbabwe "tem em vista uma
redistribuirão de terras que vai permitir a quem as quer, trabalhar",
disse.
O Presidente condenava assim as sanções impostas ao Zimbabwe desde
que decidiu reformular a sua política relacionada com o aproveitamento e a
consequente exploração de terras.
Quer os Estados Unidos como a União Europeia tomaram posições de
"certa intimidação" em relação ao Zimbabwe, por causa da situação
política e do processo de reforma agrária em curso neste país, disse.
"Se no passado não houve pronunciamentos claros, acabei por definir
qual é a posição da SADC, na qualidade de seu presidente", segundo
acrescentou José Eduardo dos Santos.
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