Luanda - Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2005 - 04:22 ANGOLA | ANGOP | PESQUISA | FALE CONNOSCO   
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Luanda, 03/10 - O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, propôs hoje, em Luanda, o estabelecimento, no domínio da educação, de um banco de dados regionais para se fazer o intercâmbio de experiências e informação no âmbito da SADC.

Discursando no encerramento da Cimeira dos Chefes de Estado da SADC, José Eduardo dos Santos defendeu a criação de um ambiente que permita aos cidadãos dos países da região o uso dos seus conhecimentos e os serviços das tecnologias da informação como uma alavanca na promoção do desenvolvimento sócio-económico sustentável.

"Devemos ponderar se não será aconselhável dedicarmos 10 a 15 por cento do financiamento dos grandes investimentos, a realizar nos nossos países, a criação e ao fortalecimento das capacidades nacionais em matérias como planeamento e administração, formação das instituições políticas e legislativas e criação de infra-estruturas administrativas e reguladoras necessárias ao funcionamento normal das nossas sociedades" - sublinhou.

Esclareceu que a chamada educação terciária, a pesquisa e as tecnologias de informação e comunicação constituem também uma chave para a integração regional.

A seu ver, o investimento neste sector será, pois, a via para se atingir o desenvolvimento e, por conseguinte, para se combater a pobreza e desenvolverem-se os recursos humanos.

"Vamos revitalizar o fundo cultural da SADC cujo objectivo é mobilizar recursos financeiros e de outra natureza para custear os nossos projectos e programas culturais , para o resgate e salvaguarda da nossa identidade mais profunda" - salientou.

Segundo sublinhou, se os países da região conseguirem materializar todas estas medidas, a par de outras, nomeadamente dos sectores das infra-estruturas dos transportes, das comunicações e da energia, poder-se-á obter uma aceleração do processo de integração regional.

Acrescentou que isto contribuirá de forma decisiva para que o continente africano tenha êxito na concretização das suas metas de desenvolvimento, a fim de se tornar um parceiro efectivo na economia global.

"Neste sentido, impõe-se que as diferentes organizações de integração regional africana harmonizem as suas posições, desenvolvendo mecanismos que garantam a racionalização das estruturas, reduzam a sua duplicação e compatibilizem as políticas e os programas de trabalho, por forma a complementarem a União Africana" - adiantou.

Segundo José Eduardo dos Santos, dentro deste prisma , o NEPAD (Nova Parceria de Desenvolvimento Económico) constitui uma iniciativa que poderá prestar um contributo inestimável para o desenvolvimento do continente.

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