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Luanda, 03/10 - O presidente da SADC, José Eduardo dos Santos, afirmou hoje, em Luanda, que encara a globalizacao como um processo inexorável do qual os estados membros desta comunidade da África Austral não têm qualquer vantagem em se excluirem.

Falando no encerramento da cimeira dos chefes de Estado e de Governo da SADC, o estadista angolano disse, porém, que "isto não significa que tenhamos que nos submeter e aceitar a globalização desregreda, selvagem e depredadora que age sem ter em conta os interesses e os anseios legítimos dos nossos países para alcançar o desenvolvimento".

O presidente Dos Santos referia-se ao facto de no mundo actual, totalmente interligado, já não ser possível o isolamento das nações constituídas em economias fechadas e que se bastem a si mesmas.

"Calcula-se que diariamente cerca de um trilhão de dólares percorre o mundo, realizando os mais diversos negócios em todos os países do globo sem excepção", frisou o chefe de estado angolano.

Para o estadista angolano, há a necessidade de que "se estabeleça a nivel internacional relações mais humanas e justas que possam reverter as desigualdades existentes entre as nações desenvolvidas e as designadas subdesenvolvidas mediante a promoção do crescimento com equidade, a erradicação da pobreza, o aumento da oferta do emprego produtivo e o fomento da igualdade do género e a integracao social".

"Os nossos países devem poder participar dos benefícios da globalização em pé de igualdade com os países desenvolvidos a fim de não serem marginalizados das oportunidades que este processo oferece", salientou. Segundo o presidente, os principais problemas e desafios que se colocam hoje aos "nossos países não são específicos da nossa sub-região ou do continente, mas têm um carácter global tais como a pobreza, a educação, a segurança alimentar, as pandemias, narcotráfico, os atentados à ecologia, o terrorismo e outros, que por essa razão requerem uma resposta colectiva".

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