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Luanda, 03/10 - Angola não vai ratificar o Protocolo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) sobre o Comércio por viver ainda as consequências da guerra civil que destruiu o país, disse a conselheira do Chefe de Estado angolano para as questões
regionais, Albina Assis.
Falando quarta-feira à imprensa a margem da Décima Quarta Cimeira
da SADC que decorre na capital angolana, Albina Assis sublinhou que antes
de aderir ao protocolo, Angola deve primeiro reconstruir o seu sistema
macro-económico.
Nas suas disposições gerais, disse, "os 21 protocolos da SADC
estipulam que o período de tolerância concedido aos países membros para
ratificar os acordos vai até 12 anos".
Para o economista Fancisco Queirós, a questão de integração regional
"deve ser vista de forma realista por causa da assimetria existente nas
economias dos países membros, dos problemas do HIV/SIDA, da pobreza
e de infra-estruturas".
Citando uma das passagens do discurso inaugural do presidente José
Eduardo dos Santos, Francisco Queirós indicou que "é preciso
primeiro encontrar soluções imediatas para a situação dramática que vive as
populações, causada por conflitos armados ou por problemas de
sobrevivência e depois avançar para outras questões".
Esta cimeira, cujo o termo está previsto para hoje, vai ratificar as
recomendações dos 21 sectores regionais que serão integrados nas
quatro direcções recentemente criadas, no âmbito da restruturação
da Organização em curso.
José Mangueira, porta-voz da Cimeira, afirmou que a restruturação cuja a conclusão estava previsto para o próximo mês de Dezembro
continuará até ao primeiro semestre de 2003.
O chefe de estado angolano, José Eduardo dos Santos, assumiu quarta-feira a presidência da SADC, em substituição do seu homólogo do Malawi,
Bakili Muluzi.
Catorze países integram a SADC, designadamente Angola, África do Sul,
Botswana, RD Congo, Malawi, Moçambique, Ilhas Maurícias, Namíbia, Seyshelles, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia e o Zimbabwe.
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