Luanda - Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2005 - 04:19 ANGOLA | ANGOP | PESQUISA | FALE CONNOSCO   
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Luanda, 2/10 - O Chefe de estado angolano, José Eduardo dos Santos, defendeu hoje, em Luanda, a necessidade de os países da SADC consolidarem as suas economias como forma de reduzir a pobreza.

Dos Santos, que discursava na cerimonia inaugural da Cimeira de Chefes de estado e de Governo da SADC, disse ser igualmente necessário a definição "com clareza" do papel do estado, principalmente ali aonde o sector privado se revela incapaz.

Estas constituem condições indispensáveis para aumentar e redistribuir as riquezas, assim como combater a pobreza que atinge grandemente a maioria das populações do "continente negro".

José Eduardo fez estas considerações devido ao facto de a riqueza produzida pelos estados membros da SADC serem manifestamente insuficiente e estar, além disso, concentrada em determinados círculos das sociedades urbanas e rurais.

Neste sentido, defendeu igualmente a criação de incentivos aos investimentos que favoreçam o crescimento económico, gerando mais empregos e elevando os níveis de poupança.

Paralelamente, acrescentou, deve ser estimulada a competitividade das "nossas economias" nas áreas em que cada uma delas possui vantagens reais e potenciais.

Por outro lado, reconheceu os importantes progressos económicos registados na região.

Dos Santos considera necessário que a SADC seja capaz de conduzir ao desenvolvimento integrado das economias nacionais da sub-região, constituindo-se assim num centro de poder no relacionamento com o resto do mundo.

Para tal, disse, é necessário que cada estado membro disponha de finanças públicas e economias saudáveis, sendo o primeiro esforço no sentido de os estados definirem políticas macro-económicas que visem a estabilidade e criação de condições internas para o crescimento do sector produtivo e erradicação da pobreza.

Neste contexto, a canalização de recursos para criação ou melhoria de infra-estruturas económicas e sociais deve ser considerada também como um factor essencial de integração.

Porém, apresta-se como dificuldade ao processo de integração "os níveis e assimetrias existentes entre os estados membros da região", mas não são intransponíveis como demonstram outras experiências do mesmo género existentes no mundo.

Para o efeito, acrescentou, é necessário definir-se correctamente a estratégia a adoptar, harmonizando as respectivas políticas macro- económicas, tendo em conta os objectivos de crescimento económico regional e o potencial de cada país.

Ao mesmo tempo, referiu, será necessário definir metas para cada estado membro atingir progressivamente, apoiando-se os esforços de harmonização com programas que prevejam a realização de projectos comuns e infra-estruturas regionais tendentes a facilitar a integração dos mercados da sub-região.

Entretanto, disse que todo este processo deve merecer a participação directa do sector privado, porquanto o mesmo só será fiável se se fundamentar em parcerias empresariais, favorecendo em simultâneo o investimento privado nacional e estrangeiro, quer em projectos regionais como de iniciativa nacional em cada um dos países.

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