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Luanda, 02/10 - O secretário político da
presidência de Moçambique, Bento Beloy, disse nesta terça-feira, em Luanda, estarem conjugadas todas as premissas para que Angola contribua na manutenção e consolidação da paz, segurança e estabilidade na região austral de África.
Angola vai assumir durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, a realizar-se nos dias dois e três do corrente mês, em Luanda, a presidência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Para o moçambicano, o mais importante é que Angola assume a presidência numa altura em que está em paz e, mais do que isso, numa altura em que ocupa também o lugar de membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Assim sendo, salientou, todas essas premissas
conjugadas vão fazer com que Angola contribua de uma
forma muito significativa na manutenção e consolidação
do clima de paz e segurança da região.
Para o embaixador de Angola na União Africana,
Miguel Neto, a presidência do país aparece num momento
importante, numa altura em que a organização se
transforma e se adequa a uma nova fase de evolução.
"Nós esperamos que, com o nosso contributo, possamos
ajudar e cultivar a transformação que agora a organização
necessita para o processo de integração regional", disse.
O ministro da Indústria, Joaquim David, disse por sua
vez que a SADC tem evoluído paulatinamente para que seja
um organismo económico de cooperação entre os vários
Estados membros.
"Angola, por razões relacionadas com a situação militar
que atravessava, não pode estar na linha da frente na
transformação da organização", referiu.
"A nossa presidência significa reassumir o papel de
importância de Angola no contexto da SADC, vem acertar o
passo com o que já foi feito em termos de integração
económica à nível da região", explicou.
Para a cimeira, estão já em Luanda os presidentes do
Zimbabwe, Robert Mugabe, de Moçambique, Joaquim
Chissano, e do Malawi, Bakili Muluzi (presidente cessante
da organização).
Nas próximas horas são esperados mais estadistas e
chefes de governo para a cerimónia que será marcada com
ascensão de Angola à presidência da organização.
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