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Luanda, 01/10 - A reunião do Conselho de Ministros da SADC encerrada hoje em Luanda, depois de os seus participantes prepararem a agenda de trabalho para a cimeira dos Chefes de Estado e de Governo desta organização
regional, a decorrer nos dias dois e três deste mês.
O plano estratégico indicativo de desenvolvimento regional, a reestruturação das instituições da SADC e os mecanismos de auto-financiamento dos projectos em curso pela instituição são alguns dos pontos de destaque da conferência
ministerial iniciada segunda-feira em Luanda.
No âmbito da reestruturação das instituições da SADC, as 21 unidades de coordenação e comissões existentes serão reduzidas em quatro direcções, todas a funcionarem em Gaberone (Botswana).
Já estão em funcionamento a direcção do Comércio, Indústria, Investimento e Finanças, de desenvolvimento social,
humano e projectos especiais e a direcção de alimentação, Agricultura e recursos materiais.
A direcção de infraestruturas e serviços será lançada apenas
em dezembro do corrente ano.
O sector de Energia da SADC, coordenado por Angola, estará inserido na direcção de infra-estrutura e serviços, conforme previsto oficialmente.
Os trabalhos do Conselho de Ministros decorreram a porta fechada, com a participação de delegações dos 14 países membros.
A Angop soube de fonte oficiosa que as sanções aplicadas pela SADC a República Democrática do Congo, por não pagamento das suas contribuições, poderão ser levantadas na
cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, em virtude deste país ter já honrado parte significativa dos seus
compromissos financeiros.
Caso se efective esta medida, durante a cimeira, a
decorrer na próxima quarta e quinta-feira, a RDCongo já
terá direito ao uso da palavra e a receber documentos, o que
não aconteceu na reunião anterior, realizada em Agosto de
2001, em Blantyre (Malawi), por na altura se encontrar sob
sanções.
A sessão do Conselho de Ministros analisou também a
situação das contribuições dos estados membros, o relatório
do presidente cessante do Conselho de Ministros, a ministra
dos Negócios Estrangeiros e cooperação internacional do
Malawi, Lilian Patel, e o programa de acção da SADC dos
diferentes ramos de actividades.
Os trabalhos da conferência ministerial estão a ser orientados pela ministra angolana do Planeamento, Ana
Dias Lourenço, que segunda-feira recebeu o testemunho da
governante Malawi, Lilian Patel.
Angola, na pessoa da ministra Ana Dias Lourenço,
presidirá, por um ano, o Conselho de Ministros da SADC,
tendo o Zimbabwe assumido a vice-presidência deste fórum,
por igual período de tempo.
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