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Luanda, 30/09 - A minisrta angolana do Planeamento, Ana Dias
Lourenço, defendeu hoje, em Luanda, a construção, na Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral (SADC), de um espaço de integração e
cooperação económica, na base da igualdade em benefícios mútuos.
Ana Dias Lourenço fez esta afirmação na abertura da reunião do
Conselho de Ministros da SADC, cuja presidência Angola assumiu hoje, em
substituição do Malawi, enquanto o Zimbabwe ocupa a vice-presidência.
"Pretendemos que se construa um espaço de integração e cooperação
económica profunda, na base da igualdade em benefícios mútuos, criando
comércio e investimento transfronteiriço e procurando garantir uma crescente
liberdade de movimento dos factores de produção, dos bens e serviços, das
tecnologias e do conhecimento", frisou.
Segundo afirmou, além destes aspectos cruciais, a SADC deve igualmente
caminhar em direcção a uma comunidade com um sistema e valores
económicos sociais e políticos, senão comuns, ao menos no mínimo
convergentes.
Assim, segundo ela, aumenta-se a competitivdade, a democracia, a boa
governação, o respeito pelas regras e leis, a garantia dos direitos humanos,
a participação da sociedade civil na resolução dos problemas mais
importantes, a solidariedade regional, a paz e a segurança.
A ministra do Planeamento considera que desta forma os povos da
região poderão viver e trabalhar juntos e em paz e harmonia.
"Este nosso espaço de convivência comum que todos os países
integrantes procuram construir da melhor forma possível, retirando do
respectivo processo os maiores benefícios possíveis em termos individuais,
apresenta problemas comuns para os quais uma determinada harmonização
entre as políticas nacionais terá de se operar", defendeu.
Disse estar certa de que a implementação, com sucesso, da nova
estrutura decorrente do exercício de reestruturação das instituições da
SADC e dos planos de acção e estratégico indicativo regional ajudarão a
encontrar a harmonização e a convergência necessárias das políticas
públicas ao nível de cada um dos paises e da região.
No inicio da sua intervenção, a governante angolana disse ser
gratificante acolher os participantes à reunião nas circunstâncias em
que o país vive hoje, de paz efectiva, de harmonia, na base dos esforços
de todos os seus filhos e, em particular, do mais alto mandatário da
nação, o Presidente José Eduardo dos Santos.
"Foi um caminho longo, construido com bastante abnegação e
perspicácia, que contou com o contributo da SADCc ao nível da concertação
política e não só", salientou.
Adiantou que Angola dispõe finalmente de oportunidade para realizar
as tarefas de reconciliação, de reconstrução e do desenvolvimento,
podendo contar, tal como no passado, com a irmandade e a solidariedade da SADC,
de cada país e, em particular, da região austral.
Segundo Ana Dias, a estabilidade em Angola contribuirá para a
estabilidade regional, condição indispensável para os processos de
integração económica e para o desenvolvimento sustentável.
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