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Luanda, 29/09 - A actual crise alimentar vivida em Angola foi
causada pela longa guerra civil que o país viveu até Abril último,
afirmou sábado, em Luanda, a responsável para o sector da alimentação
da SADC, Margarete Nyirenda.
A especialista falava a imprensa, à margem da reunião de
peritos que antecede a Cimeira dos chefes de Estado e de Governo dos países membros
da Comunidade para o desenvolvimento da África Austral (SADC), que terá
lugar de 02 a 03 de Outubro na capital angolana.
Sem especificar o número de pessoas necessitadas, a funcionária da
SADC revelou que muitas estão a ser assistidas pelas
agências humanitárias da ONU.
Indicou, por outro lado, que 14 milhões de cidadãos do Botswana,
Lesotho, Malawi, Moçambique, Swazilândia e Zimbabwe, atravessam
uma crise alimentar provocada por calamidades naturais.
"Estes países, embora já tenham beneficiado de uma ajuda do PAM
avaliada em 180 milhões de dólares, ainda padecem de um défice alimentar
estimado em um milhão de toneladas de cereais", acrescentou.
Referiu ainda que os referidos países receberam também mais 14 milhões de dólares para apoio
médico e medicamentoso, entre outras necessidades.
Catorze países compõem a SADC, nomeadamente, Angola, África do Sul,
Botswana, RD Congo, Ilhas Maurícias, Lesotho, Malawi, Moçambique,
Namíbia, Swazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
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