Luanda, 27/09 - Os países da Comunidade de desenvolvimento da África Austral (SADC) vão melhorar em 2003 o sistema de comunicações e intercâmbio de informações, visando a aplicação da lei dos Estados membros sobre o tráfico de drogas.

A informação foi prestada hoje pelo responsável do programa regional para o controlo de estupefacientes, Johnny Strijdom, durante uma conferência de imprensa, no quadro da preparação da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da comunidade, a ter lugar de 02 a 03 de Outubro na capital angolana.

Stijdom afirmou que o sistema funcionará entre as autoridades competentes, em colaboração com a SARPCO e com o Departamento de tecnologia de informação do secretariado executivo.

Segundo o alto funcionário da SADC, o plano é considerado o primeiro passo para a capacitação em ensaios químicos e biológicos de drogas ilícitas e inclui a aquisição de equipamentos para a análise das drogas e a formação dos representantes dos países da região.

Disse estar prevista a realização de um seminário regional de formação de formadores, destinado a proporcionar um currículo para a orientação das autoridades competentes na aplicação da lei.

A acção formativa visa igualmente a orientação dos quadros aduaneiros e dos serviços de migração, na identificação de drogas ilícitas e na pesquisa a nível nacional.

Johnny Stijdom sublinhou que o plano prevê também a expansão da rede epidemiológica da SADC a mais de três estados membros, o apoio das ONG na redução da procura de drogas na região, com actividades direccionadas aos grupos vulneráveis à introdução e abusos de drogas.

Será por outro lado recomendado um estudo sobre a relação entre o abuso do álcool e a infecção pelo HIV/SIDA, conforme está previsto no programa regional da SADC para o controlo de drogas, indicou.

Por outro lado, os países membros da SADC realizarão uma conferência regional sobre o branqueamento de capitais, na qual se dará ênfase as ligações com o tráfico ilícito de drogas, que, será feito em colaboração com a direcção do Comércio, Indústria, Finanças e investimentos e o grupo contra o branqueamento de capitais da África Oriental e Austral.