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Luanda, 26/09- Angola figura entre os países que vão beneficiar da ajuda do Programa alimentar mundial (PAM) de 36 por cento dos 507 milhões de dólares americanos necessários à assistência dos estados da Comunidade para o desenvolvimento da África austral (SADC) em crise alimentar.
Estes dados foram avançados hoje em Luanda pelo secretário executivo desta organização regional, Prega Ramsamy quando proferia uma conferência de imprensa sobre a realização da Cimeira de Chefes de Estado da SADC a realizar-se de dois a três de Outubro deste ano na capital angolana.
Os outros países são o Malawi, Moçambique, Swazilândia, Zâmbia, Zimbabwe, Lesotho e RDCongo.
Prega Ramsamy acrescentou que outros 12 milhões de dólares em assistência não alimentar foram doados pela mesma instituição internacional a estes países.
Baseando-se em dados obtidos pelo enviado especial do secretário-geral da ONU para a assistência humanitária, James T. Morris, que recentemente visitou a região, Prega Ramsamy revelou que nos próximos sete meses mais de 1.6 milhões de pessoas precisarão de uma ajuda alimentar e de outra
assistência básica.
Citando James Morris, o secretário executivo da SADC disse que a crise humanitária na África austral era muito mais devastadora do que se previa no princípio.
Para contornar a situação, disse que os países da SADC decidiram importar alimentos à margem da ajuda prometida.
Apesar destes esforços, existe ainda um défice de 2.35 milhões de toneladas de provisões - avançou Prega Ramsamy, adiantando que os Estados da região tomaram medidas adicionais para cobrirem estas carências.
As medidas incluem colheitas precoces, com a secagem de milho por meios mecânicos, fornecimento de ajuda às populações vulneráveis, elaboração de programas de reabilitação para a próxima campanha agrícola e sementeiras de tempo seco, usando a humidade residual e a irrigação.
Ramsamy prosseguiu dizendo que o PAM, em colaboração com os países da região afectados, têm estado a distribuir alimentos a mais de quatro milhões de pessoas desde Abril deste ano.
Estima-se que o número de pessoas afectadas pela crise alimentar deve aumentar para 13 milhões, até Março de 2003, exigindo um total de 1.2 milhões de toneladas de cereais.
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