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Foto Angop/Arquivo |
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Presidente Dos Santos diz que angolanos alimentam grandes esperanças em relação ao futuro |
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Luanda, 24/09 - A cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, a ter lugar em Angola, ocorre num momento em que os angolanos
alimentam grandes esperanças em relação ao futuro, por ter sido alcançada a paz há muito desejada, segundo o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
"Uma paz que vai finalmente permitir criar as condições para a reconstrução e o desenvolvimento do país", segundo refere uma mensagem do Chefe de Estado angolano contida no site especial da SADC, editado pelo Ministério das Relações Exteriores.
A paz em Angola é, de facto, o acontecimento mais marcante na África Austral desde a última cimeira realizada em Blantyre/Malawi, em Agosto de 2001, porque ela abre excelentes perspectivas não só a nível interno mas também para o reforço, aprofundamento e consolidação da cooperação
multilateral entre todos os Estados membros da SADC, lê-se na missiva.
Acrescenta que ao "encararmos a paz como um dos bens mais valiosos na vida dos povos e como um factor propiciador do desenvolvimento, não
podemos deixar de conferir a devida relevância à assinatura em Pretória, em 31 de Julho de 2002, do acordo de paz entre as Repúblicas Democrática do Congo e a do Rwanda".
Todos os esforços devem continuar a conjugar-se para que a paz passe a ser um valor partilhado em todo o espaço da SADC, de modo a inaugurarmos
no seu seio um novo ciclo de progresso, segurança e bem-estar para todos os povos que o integram, refere ainda a mensagem.
Neste sentido, segundo ainda o presidente angolano, a cimeira de Luanda deverá "aprofundar as ideias contidas no Plano Estratégico de
Desenvolvimento Regional, a fim de em conjunto enfrentarmos os desafios referentes ao combate à pobreza, à luta contra o HIV/SIDA e à globalização da economia mundial e do
conhecimento".
"Para tal, deveremos ser capazes de manter a estabilidade política e social interna e regional", assevera igualmente a mensagem do Chefe de Estado angolano.
Também refere que é nestas circunstâncias que a integração regional vai afigurar-se, por um lado, como um instrumento de importância crucial para desenvolver e fortalecer a interdependência económica dos países da comunidade e promover um crescimento sustentado e, por outro, como um
dos meios para garantir a participação equitativa e efectiva dos nossos países no desenvolvimento da ordem económica mundial emergente.
Com efeito, o alcance destes objectivos passa necessariamente pela conclusão do processo de reestruturação já encetado pela organização
regional, com vista a sua modernização e consolidação institucional, de modo a transformar-se num pilar para o fortalecimento da União Africana e num parceiro estratégico de outras organizações de integração regional ou
continental.
Para o presidente, a SADC poderá igualmente dotar-se de uma agenda política que lhe permita forjar posições comuns nos "fóruns" internacionais sobre questões de interesse relevante para cada um dos países membros.
"É, pois, com muito agrado que dou as boas-vindas aos distintos Chefes de Estado e de Governo da SADC e respectivas delegações, na expectativa de que desta cimeira resultem decisões que traduzam um contributo significativo
para a consolidação da paz e da democracia e para a prosperidade dos nossos países", finaliza a mensagem de José Eduardo dos Santos.
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