Luanda - Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2005 - 04:08 ANGOLA | ANGOP | PESQUISA | FALE CONNOSCO   
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Luanda, 21/09 - Angola tem como prioridade a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), no contexto de integração económica, a questão das infra-estruturas.

Este dado foi avançado quinta-feira pela ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, durante uma entrevista ao programa "Em Estúdio Com" da televisão Pública de Angola (TPA).

De acordo com a governante, as infraestruturas rodoviárias, de transporte e comunicações são a base para o desenvolvimento de qualquer economia, pelo que a grande prioridade vai sobretudo para os caminhos-de-ferro, portos e aeroportos, incluindo as comunicações, água e energia.

Na sua óptica, todo o potencial da região deve ser aproveitado, para que se possa desenvolver as economias e buscar sinergias à economias de escala ao nível dos vários países integrantes da região.

Quanto ao facto de Angola assumir em Outubro próximo a presidência da SADC, a ministra do Planeamento notou que o processo de reestruturação em curso nesta organização é "complexo".

Nas cimeiras, referiu Ana Dias Lourenço, os ministros da região acreditaram inicialmente que a nova estrutura da SADC poderia ser implementada concentrando no secretariado todos os sectores de actividades em muito curto espaço de tempo, até Dezembro deste ano.

Segundo a ministra do Planeamento, os prazos não estão a ser cumpridos e Angola, durante a sua presidência, deverá consolidar a estrutura no secretariado, implantando as várias direcções que estão previstas.

As direcções das Finanças, investimentos e comércio, infraestruturas e serviços, bem como a de recursos humanos constam entre as áreas prioritárias.

Ana Dias Lourenço, que é também a presidente da Comissão Nacional para a SADC, referiu que dos 14 países da região, Angola, RDCongo e África do Sul são países com maior potencialidades para o desenvolvimento integrado.

Notou que a instabilidade vivida em Angola e também a que se vive ainda na RDCongo provocou alguns entraves ao desenvolvimento quer a nível destes países como da região.

No seu entender, Angola tem um papel importante a desenvolver nesse processo de integração regional.

Entretanto, acrescentou que as desigualdades de desenvolvimento das principais forças internas de cada um dos países e de crescimento impedem que essa integração possa ser para Angola algo de curto prazo.

Para a titular do pelouro do planeamento, inicialmente deverá haver um esforço interno de cada país da região para que com as próprias políticas públicas internas consiga definir as suas linhas de desenvolvimento.

Esse pressuposto, disse, permitiria encontrar um certo equilíbrio no desenvolvimento das várias economias, partindo deste modo para uma integração verdadeira económica, com benefícios para ambos países, numa visão de médio ou de longo prazo.

A região da SADC, com uma população de cerca de 200 milhões de habitantes, integra 14 países e Angola vai reunir no mês de Outubro os lideres da região à procura dos consensos necessários, tendo em vista o desenvolvimento e integração regional.

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