Luanda - Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008 - 01:01 ANGOLA | ANGOP | PESQUISA | FALE CONNOSCO   
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Angola teve prestação digna - embaixador angolano

21/06 ( Da Delegação da Angop) - O embaixador de Angola em Portugal, Assunção dos Anjos, considerou hoje, em Lisboa, dignificante e muito positiva a primeira participação dos "Palancas negras", numa fase final de um mundial de futebol.

O diplomata fez estas declarações à Angop minutos depois do término do encontro que, entretanto, ditou o fim da participação da selecção angolana na prova que decorre na Alemanha. Disse acreditar que a experiência adquirida em muito irá contribuir para o crescimento do desporto no país.

Para ele, o país e o futebol além de ter granjeado muita estima e admiração por todos quanto acompanharam a prestação dos jovens jogadores, aproveitará certamente esta oportunidade para relançar o desenvolvimento e a massificação da modalidade, fazendo um aproveitamento do talento dos jovens.

Neste último encontro, disse, a equipa angolana além da obrigação de marcar muitos golos, dependia ao mesmo tempo do resultado do jogo Portugal-Mexico - o que - desde já ajuizava-se difícil a julgar pela sua capacidade concretizadora. "É claro que os nossos jogadores necessitam de mais rodagem internacional, apesar de, indubitavelmente, terem demostrado o seu potencial para os próximos tempos, por isso, podemos acreditar no seu futuro", frisou.

Por seu turno, o antigo internacional moçambicano Hilário da Conceição manifestou-se orgulhado, pela primeira vez um país africano de língua oficial portuguesa ter participado e, de forma exemplar, numa fase final de uma competição tão exigente como o mundial de futebol.

Considerou que Angola já antes deste encontro com o Irão tinha cumprido com a sua missão, mesmo com a possibilidade de chegar a outra fase do mundial, por várias razões. "Os angolanos têm ultrapassado com determinação e entrega todas as dificuldades que tem deparado, portanto, era também esperado que nesta sua primeira participação, o saberiam fazer e ficou demonstrado". A comunidade angolana, em Lisboa, concentrou-se na Associação dos Estudantes Angolanos, no Lumiar, onde "sofreu", vibrou e festejou com entusiasmo, este jogo em que os Palancas Negras foram os primeiros a marcar, por intermédio de Flávio Amado, aos 59 minutos.

Na cidade do Porto, os angolanos acompanharam vestidos a rigor com as cores da Bandeira Nacional no restaurante "A Brasileira", onde à semelhança dos residentes no Algarve, Aveiro, Braga, Coimbra, Setúbal, Santarém e outras localidades apoiaram até ao último minuto os dignos representantes de uma nação que, merecidamente se vai impondo no concerto das nações, terminada a guerra que durou mais de três décadas.

 

 

Portugueses e brasileiros torcem a favor de Angola

19/06 (Dos enviados especiais) - Cidadãos portugueses e brasileiros vão torcer para uma vitória de Angola, quarta-feira, sobre o Irão, que permite a passagem para os oitavos-de-final do Mundial de Futebol da Alemanha. Abordados hoje pela Angop, em Leipzig, portugueses e brasileiros foram unânimes em afirmar que, pelas exibições dos Palancas Negras nos dois jogos já efectuados, a equipa tem capacidade competitiva para ultrapassar o Irão e prosseguir na prova.

João Borges, empresário português residente em Leipzig, considera a selecção angolana como sendo uma surpresa na Copa, cuja qualificação seria por mérito próprio e orgulho para a comunidade de língua oficial portuguesa e não só.

Apesar de considerar difícil tal qualificação, o português Manuel Fernandes disse acreditar na vitória frente ao Irão e deseja que Portugal derrote o México. "As comunidades portuguesa e brasileira residentes nesta cidade estão mobilizadas para apoiar os irmãos angolanos nesta partida decisiva. Queremos que vençam para alegria dos que falam português", sublinhou o brasileiro Lima dos Santos.

A portuguesa Joelma de Carvalho e a brasileira Sandra Macedo esperam por melhor eficiência do ataque nacional, para que possam marcar o maior número de golos possível e se qualificarem à fase seguinte. Estima-se que existem na cidade de Leipzig, a cerca de 200 quilómetros a Sul de Hannover, três mil cidadãos pertencentes às comunidades angolana, portuguesa e brasileira.

Os apoiantes angolanos presentes na Alemanha começaram domingo a deixar a cidade de Hannover para a cidade de Leipzig, onde acontecerá o jogo, cujo início está previsto para as 16 horas locais (17 de Angola).

Alemães impressionados com potencialidades angolanas

Os Alemães estão surpreendidos pela forma digna como a selecção angolana está a representar o continente africano na copa do mundo, disse hoje à Angop, em Hannover, um cidadão alemão que já trabalhou no país.

Sebastian Kasack, que funcionou em Angola durante 11 anos na área de desminagem, disse estar muito impressionado com a participação dos Palancas Negras. "Angola está a jogar bem", referiu em declarações à Angop, desejando boa sorte aos angolanos no confronto com o Irão e na consolidação da paz para um futuro próspero.

Depois do empate alcançado no encontro realizado sexta-feira frente ao México, o alemão actualmente residente em Hamburgo, admitiu que ainda existe chance para selecção angolana passar a fase seguinte do campeonato.

Adiantou que a participação da Angola no campeonato mundial de futebol vai permitir os países mais desenvolvidos conhecer o país e as suas reais potencialidades.

Exemplificou a música angolana apresentada no seu país e as exposições feitas no pavilhão de Angola criado na cidade de Hannover. Para ele isso representa com lucidez o orgulho do país. Espera que a visita realizada em Dezembro último por Franz Beckenbauer a Angola relance as relações de cooperação entre os dois países no domínio do desporto, em particular o futebol.

Lembrou que quando esteve em Angola impressionaram bastante as mulheres que vivem nas áreas rurais, pelos esforços que fazem para sua sobrevivência. De 1989 a 2000 Sebastian Kasack trabalhou nas províncias angolanas do Moxico e Bengo na sensibilização e educação das pessoas sobre o risco das minas.

 

Palancas Negras dignificam o país

17/06 - Os Palancas Negras, autênticos heróis nacionais, mostraram quanto vale o esforço e o espírito de interajuda, de que resultou neste valioso empate diante do quarto qualificado no ranking mundial, o temido México, ao empatar por 1-0, neste importantíssimo jogo a contar para a segunda jornada.

Os angolanos, ao contrário do que muitos esperavam, inclusive alguns dos países africanos de língua portuguesa e da África Austral, deram, uma vez mais, mostras inequívocas, de quanto vale a humildade, a determinação e a unidade.

Angola, que perdeu apenas por uma bola a zero contra Portugal, tudo porque complicou a vida dos lusos, não deixando jogar, hoje esteve melhor, apesar de alguns erros que ainda se denotam no sector ofensivo. Aliás um problema já verificado durante a fase apuramento: A falta de golos! Contudo, os mexicanos não estiveram melhor, provas da insegurança demonstrada, ao terem decidido fazer marcação pressionante ao capitão Akwá, que mesmo sem marcar reteve dois ou mais adversário sob seu controlo.

Em Portugal, a comunidade, que mesmo trabalhando, muitas vezes em condições difíceis, juntou-se, sobretudo, em Lisboa, no Parque do Calhau, no Monsanto, para, mesmo com a chuva que se faz sentir na Europa nesta época do ano, para vibrar,sofrer e festejar um resultado que dá garantias plena para a última partida, diante do Irão. Em cafés, residências, parques, um pouco por todos os pontos do território luso, inclusive nos mais remotos, os angolanos mostraram de forma particular pertencerem a um povo único, apesar de muitas vezes incompreendidos, em determinadas fases da sua história.

A prestação dos jogadores neste mundial, mesmo estando ainda na sua fase inicial, acaba de reconfirmar a capacidade invejável dos angolanos que mesmo contra um árbitro irregular e com menos um companheiro, foram capazes fazer os mexicanos a render-se às claras evidências, graças à audácia e a ousadia.

O futebol, indubitavelmente, tem constituído num "handicap" valioso nesta fase histórica de unidade e reconciliação, com maior realce no exterior onde a heterogeneidade é muitas vezes aproveitada por aqueles que intencionalmente continuam com a sua propaganda dilatória, visando prender os angolanos a um passado que no país já foi exemplarmente enterrado.

Angola está unido, da mesma forma como exemplarmente decidiu partir para a via do desenvolvimento económico e da democracia, mesmo sem contar com a ajuda substancial - muito propalada, por isso, podem orgulhar-se do desempenho destes jovens que tem suado, dando todo o seu sacrifício para dignificá-la.

Foi assim que os jogadores entraram hoje para o campo, acreditando nas suas capacidades, jogando com determinação, corrigindo alguns erros cometidos sobretudo no sector defensivo e mesmo pressionado por um adversário mais forte resistiu até ao apito final do árbitro.

Agora que venha o Irão, que os angolanos saberão, com o "fair play", mostrar que com humildade e determinação ainda poderão passar a próxima fase, sem qualquer ajuda.

A comunidade em Lisboa, no Porto, Coimbra, Braga, Algarve, Setubal, Aveiro, Santarém, Leiria, Covilhã e em outros pontos, irão continuar vestidos a rigor, com as cores vermelha, preto e amarela (as cores nacionais), munidos de bandeiras e cachecóis, de forma invulgar, festejar com vivacidade, alegria e orgulho ao lado dos Palancas Negras.

O silêncio daqueles que, de forma gratuita, denegriram a selecção nacional em muitas ocasiões é evidente. Por: Jorge da Conceição

 

Embaixador espanhol vaticina jogo difícil frente à Ucrânia

14/06 - O embaixador da Espanha em Angola, Javier Vallaure, disse que o jogo do Campeonato do Mundo entre a selecção do seu país e a sua similar da Ucrânia, a realizar-se esta tarde, será equilibrado devido o potencial atlético que os conjuntos apresentam.

Explicou, em declarações à Angop, que ambas as selecções têm jogadores de referência a nível do mundo, apontando o espanhol Raúl e o ucraniano Tchevchenko como sendo as principais atracções do encontro, a contar para a primeira jornada do Grupo H, cujo início está previsto para as 14 horas de Angola.

Apesar disto, o diplomata disse desejar que a sua selecção entre bem e vença o jogo, o que lhe levará a encarar as outras partidas com maior optimismo.

Disse que os espanhóis nunca ultrapassam os quartos-de-final de uma Copa, mas desta vez, caso vençam a Ucrânia, podem ir mais longe.

Javier Vallaure mostrou-se preocupado com Raúl, pois este é um líder que transmite confiança à equipa. Além deste jogo, o Grupo H terá o encontro Tunísia-Arábia Saudita.

Entretanto, o embaixador espanhol em Angola falou igualmente da participação dos Palancas Negras no mundial da Alemanha, onde se estreou domingo último frente à congénere portuguesa.

Considerou positiva a prestação dos angolanos, apesar da derrota por 0-1. Na sua óptica, os Palancas Negras actuaram bem, sobretudo no segundo tempo, mas o nervosismo e a falta de experiência permitiram que sofressem um golo nos minutos iniciais. "Apesar da derrota, Angola mostrou que tem um futebol para o futuro", disse, acrescentando que a imprensa espanhol também foi unânime ao elogiar a postura dos Palancas.

Embaixadora nos EUA exorta comunidade a apoiar a selecção

11/06 - A embaixadora de Angola nos EUA, Josefina Pitra Diakité, exortou sábado, nesta cidade, os membros da comunidade angolana radicada neste país a transmitirem o seu apoio e calor à selecção nacional de futebol que participa no mundial de 2006, na Alemanha. A diplomata angolana fez esta exortação na mensagem enviada ao Ministério da Juventude e Desportos e à selecção nacional, a propósito da estreia dos Palancas Negras, no campeonato do mundo, que decorre na Alemanha desde sexta-feira. "É preciso que nesta hora particular da história do país e do desporto nacional, a equipa de todos nós mereça o apoio e a solidriedade de todos os angolanos, incluindo os que vivem na diáspora e obviamente nos Estados Unidos da Amérca, a estarem com os Palancas Negras e se mostrarem confiantes no trabalho que a selecção irá realizar no campeonato do Mundo, esclareceu.

Josefina Pitra sublinhou que os angolanos reconhecem que o apuramento pela primeira vez da selecção nacional ao campeonato do Mundo de Futebol é fruto do crescimento do desporto angolano, e do futebol em particular. "O esforço das autoridades desportivas nacionais, bem como dos jogadores e da equipa técnica dos Palancas Negras resultou em glória, por ter permitido o ecoar o nome de Angola nos dois eventos desportivos mais importantes do continente africano e do Mundo". A diplomata sublinhou que ao se aproximar a hora da estreia de Angola, nada mais resta senão "encorajar a selecção nacional para que se empenhe na obtenção de um resultado satisfatório", tendo salientando que a presença do nosso país na Alemanha reveste-se de particular importância porque eleva o bom nome de Angola e de África e do seu martirizado povo nos anais da história universal. "Tal como no andebol e no basquetebol, Angola far-se-á conhecer pelo Mundo através do futebol, como amostra do seu potencial em África e no resto do Mundo", sublinhou.

A diplomata enfatizou ainda que depois de longos e sofridos anos de guerra e de destruição, a presença de Angola no mundial de 2006, é também uma conquista da paz, e um motivo de orgulho de toda a nação angolana. Os angolanos radicados nos mais diferentes estados os EUA, seguirão de perto as partidas da equipa nacional, estando previstas concentrações nos estados de Virginia, Maryland, New Jersey, New York, Houston, Philadelphia, Nevada, Oklahoma, Massachussets e Florida. De uma forma geral, os angolanos nos EUA acreditam numa surpresa dos "Palancas Negras" domingo em Colónia, apesar de não descurarem a experiência de Portugal nos certames internacionais e a sua posição no ranking da FIFA.

Angolanos contrariam pessimismo nigeriano Abuja

, 11/06 - A comunidade angolana na Nigéria augura uma estreia auspiciosa da selecção nacional de futebol no Campeonato Mundial que decorre na Alemanha e onde hoje defronta Portugal, contrariando o pessimismo de grande maioria da população nigeriana.

Os angolanos, que formam uma pequena comunidade em Abuja constituída por funcionários da Missão Diplomática e respectivas famílias, e outra de cerca de 50 elementos residentes em Lagos, confiam na sua selecção, embora a maioria dos nigerianos, incluindo a imprensa, vaticinem uma péssima prestação dos "Palancas Negras". Para ver o jogo de hoje, a comunidade baseada na capital nigeriana (Abuja) estará concentrada num local e o mesmo acontecerá com os angolanos residentes na capital económica, Lagos, que estão organizados numa associação.

Enquanto isso, tanto a população como a imprensa nigerianas não crêem numa boa participação dos angolanos e este sentimento acentuou-se depois de terem visto os jogos de preparação do combinado nacional. Num debate entre jornalistas, realizado esta semana na televisão estatal "NTA" (Nigerian Television Authority), houve quase unanimidade de que Angola não tem conjunto nem um fio de jogo definido e demonstra uma grande fragilidade em todos os sectores, ou seja, na defesa, meio-campo e ataque, onde disseram que Akwá se encontra abandonado sem apoio, e por isso sem grande possibilidade de marcar.

Para eles, a selecção africana que melhor poderá representar o continente e a da Cote d`Iovoire, que Sábado perdeu diante da Argentina por 2-1, mas ainda assim acham que será pouco provável a sua passagem para a fase seguinte por se encontrar num grupo difícil, em que também esta a Holanda e a Servia e Montenegro. Os analistas desportivos nigerianos também depositam uma réstia de esperança no Ghana por possuir alguns jogadores a evoluírem em campeonatos competitivos.

Mas no meio desse pessimismo todo em relação a Angola ainda há alguns que acreditam numa surpresa dos "Palancas Negras". É o caso do jornal privado "The Punch", que, na sua edição de hoje, escreve que o futebol de Angola é semelhante ao de Portugal, sua antiga potência colonial, e que isto aliado ao facto de grande parte dos jogadores angolanos evoluírem nesse país poderá originar um equilíbrio na partida, porque os atletas conhecem-se bem. A mesma publicação cita declarações do "capitão" Akwá segundo as quais Angola respeita todas as selecções presentes na Alemanha mas vai tentar dignificar o país e o continente.

Considerando-o jogador decisivo na qualificação de Angola para o Mundial devido ao seu golo contra o Rwanda, o jornal diz que Akwá acredita numa surpresa angolana nesta competição, lembrando que em 2002 ninguém imaginava que o Senegal fosse ter aquele desempenho positivo.

O mesmo diário, na sua edição de sábado, também cita declarações do treinador do México, Ricardo la Volpe, de que vai defrontar Angola com seriedade porque o afastamento da Nigéria desta fase final do Mundial foi uma lição para si.

Por outro lado, o jornal "The Independent", igualmente privado, escreve hoje que Angola vai materializar o seu sonho de se estreiar numa fase final de uma Copa do Mundo de Futebol. No texto, esta publicação faz um historial de Angola desde a sua independência, a guerra civil de cerca de 30 anos até obter a paz e a qualificação para o Mundial.

Angolanos em Toronto confraternizam com portugueses antes do jogo

08/06 - Dois dias antes do jogo que vai opor as seleções de Angola e de Portugal no campeonato do mundo de futebol, os angolanos residentes em Toronto irão participar numa passeata organizada pelas comunidades portuguesas sedeadas nesta cidade, em saudação ao dia nacional desse país lusófono, a assinalar-se a 10 do corrente.

A responsável da comissão de gestão da comunidade angolana em Toronto, Francisca Rocha, apela, pelo facto, os compatriotas a participarem no evento em massa, com o intuito de expressarem o seu apoio a seleção de "todos nós". Durante a passeata, segundo ela, serão exibidas camisolas, crachás, chapéus, cachecóis e bandeiras com as cores e símbolos do país, como forma de mostrar aos portugueses, canadianos, e não só, a força de Angola.

Esta é segunda vez que os angolanos participam em actividade do género. A primeira aconteceu em 2005.

Lisboa oferece espectáculo músico-cultural aos Palancas Negras

08/06 Espectáculo músico-cultural, dedicado à selecção de Angola que pela primeira vez participa no campeonato do mundo sénior de futebol, reuniu quarta-feira na Praça da Figueira, no coração de Lisboa, uma moldura humana inédita, vestida com as cores da bandeira nacional, que durante duas horas dançou e cantou ao ritmo contagiante do Semba.

As milhares de pessoas que se juntaram à iniciativa encheram por completo o espaço e de forma vigorosa transmitiram aos "Palancas Negras" coragem e muita determinação nesta histórica missão de representar o país no maior festival de futebol mundial.

O festival serviu igualmente para a apresentação do disco "Força Angola", uma homenagem à selecção feita por um elenco de 30 destacados músicos.

Foi aberto por Ângelo Boss, que cantou "Ngasakidila", e com braços erguidos agradeceu a Deus pela presença angolana neste evento, em que pela primeira vez os países africanos de língua oficial portuguesa estarão representados. Seguiram-se as actuações muito aplaudidas de Hélvio, Don Kikas, Gaby (vocalista dos Irmãos Verdades), passando para aquele que tornou o espectáculo ainda mais vermelho, preto e amarelo: Dog Murras. Com o seu gesto característico em palco, sempre acompanhado do espectacular músico-bailarino Gasolina, o autor do disco "Bwé Angolano" agitou por completo não só o público que lotou a praça como também aqueles que devido a enchente optaram por vibrar a partir dos prédios mais próximos.

Para arrefecer os quinze minutos de actuação de Dog Murras, Valdemar Bastos interpretou primeiro o clássico angolano "Muxima", bem acompanhado pelos presentes, e depois a sua recente música dedicada aos Palancas Negras, que, curiosamente, terá como adversário no jogo inaugural a sua congénere portuguesa

. O encerramento do espectáculo foi feito pelo veterano Bonga. Chamado ao palco, o artista entrou de rompante interpretando o seu mais recente sucesso "Palancas Bwe", seguido de outros números que o celebrizaram na sua longa carreira musical, a pedido do público que estava disposto a prolongar a festa, apesar do tempo disponibilizado ter sido já esgotado. Os milhares de angolanos, cabo-verdianos, guineenses, moçambicanos, lusos e de outras nacionalidades vibraram com emoção no festival que marcou o início de uma festa que será repetida em outras localidades de Portugal e, sobretudo, em outras paragens onde a presença angolana é incontornável. Ainda na noite de hoje, o disco que foi apresentado e bem vendido na Praça da Figueira será igualmente lançado na discoteca Mussulo e repetido na Nell´s, todas em Lisboa. (Por Jorge da Conceição) .

 

Nigerianos rendem-se ante exibição dos Palancas Negras Abuja, Nigeria

11/06 - A exibição de Angola na sua estreia convenceu até os mais cépticos adeptos nigerianos, que vaticinaram um fracasso dos Palancas Negras, que afastaram a sua selecção do mundial de futebol Alemanha2006. Após o encontro de domingo, em que a selecção nacional perdeu por 0-1 diante de Portugal, membros da comunidade angolana naquele país receberam felicitações pela exibição da parte dos cidadãos nigerianos, entre os quais aqueles que vaticinaram um goleada na estreia.

De uma maneira geral, os adeptos nigerianos gostaram do comportamento de Angola. A imprensa reconhece que Angola jogou muito bem e saiu de cabeça erguida do campo apesar da derrota. Destacaram o guarda-redes João Ricardo, o defesa Kali e os médios Makanga e Mateus. Entendidos do futebol afirmam que Kali está mal acompanhado no centro da defesa.

Defendem a substituição de Jamba, por não o considerarem a altura das exigências daquele sector. No ataque, Akwá não recebeu boas referências, tendo os interlocutores sublinhando que Mantorras (substituiu o capitão) mudou o jogo de Angola para melhor.

O jornal privado "The Independent" faz um enquadramento histórico. Escreve que os confrontos entre Angola e Portugal começaram há muito tempo, mas não no desporto, e sim na luta dos angolanos com vista a obtenção da independência, que aconteceu em 1975, depois de cinco séculos de colonização. Os outros jornais não trazem quaisquer referência, provavelmente, porque fecharam antes do jogo terminar.

Mas as rádios e a Televisão elogiaram o desempenho dos Palancas Negras. A oito de Outubro de 2005, Angola conseguiu a qualificação histórica, num grupo em que a Nigéria era a favorita. Desde então fizeram os mais pessimistas vaticínios. O segundo jogo dos angolanos no mundial será sexta-feira frente ao México, seguindo-se o Irão dia 21. .

 

Angola e seus adversários do grupo D no Mundial 2006

Mundial2006 O México já tem uma reputação a zelar.

A equipa de Ricardo Lavolpe foi cabeça-de-série do sorteio final, classificou-se facilmente nas eliminatórias e tem o goleador de todas as fases classificatórias do Mundial FIFA deste ano, Jared Borghetti. El Tricolor, dificilmente terá uma missão sossegada, até por enfrentar uma equipa portuguesa que tem a máquina de golos Pauleta, artilheiro das eliminatórias europeias, e que joga sempre no ataque.

Com a experiência de diversos astros que actuam na Bundesliga, o Irão pode tentar chegar à fase de "mata-mata", assim como será fascinante ver como Angola se sai na sua primeira fase final de Mundial.

 

ANGOLA

A equipa de Angola, conhecida por Palancas Negras, estreia-se neste Mundial, sem grandes ambições, mas com um objectivo sublime: honrar o nome do país e de África. Oliveira Gonçalves, o seleccionador angolano, possui a confiança de seus jogadores e tem espírito de conjunto muito forte.

E o "prémio" não poderia ser melhor: estar entre as 32 melhores selecções do mundo! A principal referência é o "capitão" Akwá, mas, na Europa, o mais visível é o avançado do Benfica de Lisboa, Pedro Mantorras.

A equipa angolana medirá forças com Portugal, um país de quem já foi colónia e onde muitos de seus futebolistas jogam. É o terceiro Angola-Portugal. Os angolanos esperam que a história não se repita.

Seus dois embates anteriores com os europeus acabaram em derrotas volumosas, por 5-1 e 6-0, respectivamente. solares.

PORTUGAL

Uma classificação aos oitavos-de-final é o mínimo que se espera da selecção lusa, que na verdade não passa da fase de grupos de um Mundial da FIFA desde 1966, altura em que chegou às meias-finais.

Um dos mais fortes das eliminatórias europeias e finalista do Euro2004 em casa, Portugal tenta recuperar-se de frustrações anteriores no cenário internacional e tem no brasileiro Felipe Scolari um técnico habituado a vencer jogos da Copa do Mundo.

O evento da Alemanha deve marcar a despedida de Luis Figo do futebol internacional, mas também será uma plataforma de lançamento para a última revelação portuguesa, Cristiano Ronaldo. Dada a ligação entre Angola e Portugal, o jogo de estreia de ambos na competição germânica reserva-se emocionante, em Colónia.

Os angolanos dificilmente surpreenderão Portugal, mas, pelo mesmo motivo, a familiaridade pode beneficiar-lhes, como ocorreu entre Senegal e França em 2002.



MÉXICO

Com 12 participações, o México é de longe o país mais experiente em Mundiais da FIFA neste grupo e vai à Alemanha com esperança de melhorar o histórico dos últimos três torneios, em que ficou na segunda fase.

Sua actuação na Taça das Confederações da FIFA, em Junho do ano passado, certamente traz-lhe bons augúrios: um golo de Borghetti derrotou o Brasil e somente uma derrota aos penalties, contra a Argentina, negou-lhe um lugar na final. Borghetti e Guillermo Franco são as vedetas.

IRÃO

Provavelmente o adversário mais ao nível dos Palancas Negras no grupo. Mas ainda assim, o representante asiático nesta série apresenta-se favorito ante o "embaixador" africano, embora seja menos poderoso que Portugal e México.

O Irão começará com o forte México, mas, no seu terceiro Mundial, podem beneficiar-se da experiência de diversos dos seus principais jogadores no futebol alemão, como o atacante Mehdi Mahdavikia, do Hamburgo.

Diplomata considera vitória presença do país na Alemanha

O embaixador de Angola em São Tomé e Príncipe, Fernando Mavunza, considerou hoje, a participação da selecção angolana de futebol no campeonato do mundo uma vitória para a história do povo. "No mundo ninguém pensava que um dia a seleção angolana de futebol pudesse fazer parte de uma competição ao lado de jogadores considerados estrelas ou génios do futebol", sublinhou.

Em entrevista concedida ao Semanário local "Correio da Semana", Fernando Mavunza referiu ser "uma grande honra" para a República de Angola fazer-se representar neste evento desportivo através dos "gloriosos" Palancas Negras, tendo considerado uma boa oportunidade para a selecção ganhar experiência. Interrogado sobre o jogo de estreia com Portugal, o diplomata manifestou a sua alegria por registar-se o primeiro jogo entre a selecção das quinas e um país africano de língua oficial portuguesa numa competição oficial e de alto nível.

Segundo referiu, num momento em que os povos da CPLP irão celebrar, dia 17 de Julho, o 10º aniversário da sua fundação, é de significado relevante ver os dois países num histórico mundial de futebol. Anunciou que, em caso de triunfo ou empate na partida de estreia, está programada uma passeata pela cidade capital de São Tome e Príncipe assim como outras actividades recreativas.

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