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Feira de Minas encerra com saldo positivo

Luanda, 23/06 – A Feira Internacional de Minas (FIMA), que durante cinco dias serviu para expor as potencialidades mineiras do país, bem como o nível de serviços prestados pelas empresas que operam no sector encerrou oficialmente domingo, em Luanda, com um saldo positivo.

Atendendo ao número de contactos de negócios mantidos entre os expositores e os seminários temáticos que o evento apresentou para uma abordagem clara de como anda o sector, o balanço foi positivo, de acordo com o coordenador da FIMA, Noé Mateus, que fazia um balanço à Angop.

Para si, a feira alcançou os objectivos preconizados, por ter permitido uma forte interacção e troca de experiências entre as várias empresas nacionais e estrangeiras, bem como ter aberto outras perspectivas de negócios para muitos expositores.

Disse que a FIMA apresenta-se, no actual contexto, como um espaço onde as empresas podem trocar livremente ideias, analisar o próprio circuito mineiro, e avançar sugestões para o fortalecimento do sector, de modo a que o país evolua e seja uma referencia a nível mundial.

Tendo contado com uma participação de 130 empresas, a Feira Internacional de Minas foi inaugurada pelo ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Pedro Canga, que aludiu na ocasião uma importância particular ao evento, na medida em que permite divulgar e dar a conhecer as estratégias e políticas do Governo no sector mineiro.

Para o ministro, a FIMA é um importante veículo para a captação de investimentos e estabelecimento de parcerias estratégicas que possam contribuir, a médio prazo, para o desenvolvimento do sector mineiro angolano.

A indústria mineira, segundo refere, tem assumido significativo papel no sustento da economia angolana, porquanto o sector caracteriza-se pelo crescimento do número de empresas, nacionais e estrangeiras, bem como na formação contínua de quadros a nível nacional.

A realização de palestras sobre assuntos ligados à exploração mineira constou igualmente da agenda de trabalhos da FIMA, tendo-se, em vários painéis discutidos aspectos ligados a comercialização de diamantes, a produção de ferro e outros mineiros no país, bem como aspectos de carácter legislativos, referentes a nova lei de minas, cuja aprovação se espera para este ano.

No que diz respeito a produção de diamantes, a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) reiterou, durante o evento, que perspectiva alcançar uma produção de dez milhões de quilates até ao final de 2008, por forma a suplantar os indicadores de 2007, cotados em 9,7 milhões de quilates.

Ainda sobre perspectivas apresentadas durante a FIMA, a Sociedade Mineira de Catoca (SMC), empresa que explora o quarto maior Kimberlito diamantífero do mundo, anunciou que preconiza, nos próximos 12 meses do ano económico, superar a cifra dos 425 milhões de dólares atingidos na venda de diamantes em 2006.

Segundo os responsáveis da empresa, Catoca espera igualmente manter as suas contribuições fiscais para os cofres do Estado na ordem dos cem milhões de dólares.

Entre outros factos registados na segunda edição da FIMA,apurou-se também que a fábrica de lapidação de diamantes, empreendimento inaugurado há três anos, com capacidade de processamento avaliada em 20 milhões de dólares/mês, perfazendo 240 milhões por ano, continua a manter excelentes níveis de produção, à media de 60 porcento.

Durante os cinco dias, os expositores da FIMA acolheram igualmente com agrado as “boas novas” avançadas sobre a Nova Lei de Minas, pelo jurista Francisco Queirós, dando conta que a lei contém aspectos legais que favorecem o investimento privado nacional e estrangeiro, bem como reforça o papel interventivo do Estado, disse hoje, em Luanda, o jurista Carlos Queirós.

Na FIMA, entre outros factos, tomou-se também conhecimento que os preparativos para a realização da Cimeira Mundial de Diamantes-Angola 2009, decorrem a bom ritmo, estando por esta altura a organização a esquematizar os temas a serem abordados, a manter conversações com os principais oradores, bem como a criar outras condições de ordem técnica para o êxito da actividade.

A Feira Internacional de minas foi organizada pela Empresa Nacional de Diamantes de Angola, o Ministério da Geologia e Minas, e a Feira Internacional de Luanda.

Teve uma média total de três mil visitantes durante os cinco dias.

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