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Projecto ´Vem comigo` beneficia mais de mil deficientes físicos

Luanda, 03/11 - A terceira fase do projecto "Vem comigo", em curso no país desde Setembro último, prevê reassentar, em 12 meses, mil e duzentos deficientes ex-militares, informou hoje à Angop, em Luanda, o seu coordenador, Silva Lopes Etiambulo.

Segundo Silva Lopes Etiambulo, o plano, avaliado em um milhão de dólares norte americanos, está a ser desenvolvido nas províncias de Luanda, Kuando Kubango, Lunda Norte, Moxico, Huambo, Kwanza Sul, Uíge e Cabinda.

Acrescentou que para além do reassentamento de deficientes, a iniciativa prevê também dar formação socioprofissional aos beneficiários nas especialidades de serralharia, informática, corte e costura, alvenaria, bem como ajudá-los na constituição das micro-empresas (cooperativas agrícolas e criação de animais).

A primeira fase, realizada de 2002 a Junho de 2005, permitiu reassentar dois mil e 482 deficientes nas províncias de Luanda, Kwanza Sul, Bié, Huambo, Huíla, Cunene, Benguela, Lunda Sul e Moxico e absorveu 500 mil dólares americanos.

A segunda, implementada em 24 meses (Junho de 2005 a Junho de 2007), consumiu um milhão e 752 dólares. Foi levado a cabo nas regiões centro e sul de Angola.

O projecto "Vem comingo" é financiado pelo Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social e executado pela Associação Nacional de Deficientes da Angola (Anda).

O coordenador fez saber que a sua instituição está igualmente a atribuir aos associados, através de programas de beneficência, 80 talhões para construção de residências no município de Cacuaco (Luanda) e kits de trabalho aos finalistas dos cursos de formação profissional.

No âmbito do "Programa reabilitar", prosseguiu a fonte, a Anda tem estado a localizar em várias regiões do país os deficientes de guerra sem prótese e encaminhá-los aos centros de formação profissional.

Questionado sobre o recente incremento das pensões, o coordenador do projecto "Vem comigo" considerou a medida vantajosa porque ajudará a diminuir o número de deficientes mendigos nas ruas, principalmente na capital do país.

"Acolhemos com muita satisfação a medida do Governo, porque vai permitir melhorar as condições sociais dos associados", frisou Silva Lopes Etiambulo.

Fundada em Fevereiro de 1992, a Anda conta com 47 mil e 852 membros (deficientes, oficiais e ex-militares) em todo o país. Recebe apoio do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social e do Fundo Lwini.

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