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Retrospectiva: Forças Armadas priorizaram modernização em 2003

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Forças Armadas Angolanas priorizaram modernização em 2003

Por Falcão de Lucas

Luanda, 03/01 - As Forças Armadas Angolanas (FAA), criadas ao abrigo dos acordos de Bicesse, rubricados a 31 de Maio de 1991, em Portugal, em função da fusão das FAPLA (forças governamentais) e das FALA (UNITA), priorizaram em 2003 a sua reorganização e modernização, como forma de dar resposta aos desafios do futuro.

Este processo foi garantido pelo entendimento do Luena, que veio reforçar a capacidade e coesão das FAA, com o início de uma nova era de paz, na qual todos os angolanos são chamados a dar o seu contributo.

A dinâmica foi reforçada com a nomeação, em Julho passado, do seu novo chefe do Estado-Maior-General, general de Exército Agostinho Nelumba "Sanjar", principal projectista do processo de reestruturação e organização em curso.

Na sequência da sua nomeação, o general Sanjar efectuou visitas aos comandos dos três ramos das FAA, designadamente, Força Aérea, Marinha de Guerra e Exército, às regiões militares e unidades de subordinação central, nas quais constatou as preocupações que afligem todos estes sectores.

Nas estruturas e zonas visitadas pela alta patente foi notória a disposição em continuar a aperfeiçoar a organização e destramento da tropa, elevando cada vez mais a sua capacidade operacional, combativa e educativa patriótica, por forma a que esteja pronta para o cumprimento de qualquer missão.

A formação do homem como factor importante, que passa pela elevação da capacidade e especialização, com vista ao desenvolvimento das FAA é um projecto que os altos responsáveis governamentais e militares defendem para ser materializado.

Em tempo de paz, é notável a participação das Forças Armadas em acções de carácter social, tendentes ao desenvolvimento de Angola. Elas participam no processo de reabilitação e construção de infra-estruturas diversas, bem como em campanhas de vacinação e de erradicação do analfabetismo.

Quanto ao desempenho dos três ramos das Forças Armadas Angolanas (FAA) - Marinha, Força Aérea e Exercito - em 2003 tiveram um balanço positivo, segundo pronunciamentos dos respectivos chefes de Estado-Maior.

A Marinha de Guerra Angolana (MGA) encontra-se actualmente em melhores condições de garantir a defesa e protecção das águas nacionais, após a criação da sua nova estrutura orgânica, segundo garantia do chefe do Estado-Maior deste ramo das Forças Armadas Angolanas, almirante Feliciano dos Santos "Paxe".

Ao fazer o balanço das actividades desenvolvidas ao longo do ano 2003, o almirante "Paxe" referiu, no entanto, que a MGA "não pretende de modo algum ser o único actor dentro do mar, mas cooperar com outras instituições e serviços públicos que têm nele o seu objecto de trabalho no quadro da autoridade marítima".

Indicou que no ano findo, e na sequência da implementação do processo de paz, a MGA dedicou especial atenção ao desenvolvimento e reorganização do ramo, com vista a criação de óptimas condições de trabalho.

No âmbito do processo de reestruturação da Marinha de Guerra, a alta patente militar disse que o ano 2004 será decisivo para a materialização do seu projecto de apetrechamento e criação de infra-estrutura capazes de garantir o mínimo de funcionabilidade.

Por seu lado, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea Nacional (FAN), general Pedro Neto, manifestou-se satisfeito com o desempenho do ramo em 2003, porquanto os seus efectivos cumpriram "na medida do possível" as tarefas superiormente incumbidas.

Reconheceu as dificuldades vividas pela tropa e, em gesto de balanço, afirmou que nos últimos 12 meses foram produzidos cronogramas reajustados de acordo com o actual momento de paz, referindo que os mesmos terão de evoluir e ser cumprido no decorrer deste ano e nos anos subsequentes.

Em relação ao plano operacional, disse ser notória a redução substancial da actividade aérea, em consequência do fim da guerra.

Indicou que no plano da elevação das condições de vida e de trabalho da tropa foram dados alguns passos, mas adiantou que futuramente poderá ser feito melhor.

O Exército Nacional também está satisfeito com o desempenho do seu efectivo e promete trabalhar este ano para a materialização de programas que não foram cumpridos em 2003. Deverá dedicar especial atenção ao melhoramento das condições de vida da tropa, a semelhança dos demais ramos.

Com a efectivação destes e outros projectos das Forças Armadas Angolanas, as FAA poderá se assumir como um Exercito Nacional de facto, sabendo, de forma invulgar, bater-se pela garantia da defesa, soberania e integridade territorial de Angola.

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