Retrospectiva: 2003 - Esmero e capricho para chegar a Atenas 2004
Por Pedro da Ressurreição
Luanda, 01/01 - O Comité Olímpico Angolano (COA) dedicou o
ano 2003 fundamentalmente ao início da preparação dos Jogos de Atenas
2004, tendo como antecâmara os Jogos Panafricanos Abuja. Deste período,
regista-se a garantia de presença desde já de cinco modalidades no
maior evento desportivo mundial.
Entre as actividades do COA, destaca-se o seu acentuado envolvimento
na preparação da missão angolana aos jogos continentais, colaborando
com o Ministério da Juventude e Desportos.
Simultaneamente, foi desenvolvido um trabalho de apoio a algumas
modalidades com fortes possibilidades obterem a qualificação olímpica.
Neste aspecto, o COA disponibilizou verbas para apoiar o basquetebol
masculino e o andebol feminino, para os seus torneios qualificativos,
tendo resultado num êxito, pois ambas as selecções asseguraram o passe
para Atenas 2004.
Os basquetebolistas conquistaram o seu sétimo título continental e
ao mesmo tempo a quarta presença consecutiva em Jogos Olímpicos depois
de 1992, 1996 e 2000. As andebolistas venceram o torneio pré-olímpico
disputado no pavilhão da Cidadela desportiva, em Luanda.
Outras disciplinas já garantiram presença nos Jogos de Verão são o
voleibol de praia, que faz a sua estreia em Jogos Olímpicos, natação e
atletismo, modalidades tradicionais dos Jogos.
No ano que finda, além do apoio prestado ao basquetebol e andebol,
o COA está a acompanhar a dupla de voleibol de praia e os bolseiros na
modalidade de judo, cujas possibilidades de apuramento se mantêm vivas
através de Fátima Faya.
Actividade intensa teve também a Chefia da caravana olímpica de
Angola, que participou em várias reuniões dirigidas aos chefes de missão
olímpica, estando marcado para breve o encontro final.
Como já vem sendo hábito, a equipa de Rogério Silva deu valiosa
contribuição na área da formação de quadros.
Gustavo Conceição, ex-basquetebolista internacional angolano e
actual director técnico da Associação dos Comités Nacionais Olímpicos
de África (ACNOA), dirigiu um curso de dirigentes desportivos, na sua
qualidade de director nacional da Solidariedade Olímpica.
Formação houve também a nível de treinadores de andebol e boxe, e
ainda em administração do desporto dirigida a técnicos.
Registaram-se ainda participações nas sessões das academias
olímpicas portuguesa e internacional e a primeira sessão nacional
de jovens dirigida aos alunos do ensino médio de Luanda.
A Semana Olímpica, que envolveu em Junho uma gama de actividades
desportivas, este ano não fugiu à regra, e o torneio de futebol
infanto-juvenil que, segundo os organizadores, vai progressivamente
atingir o nível nacional.
A promoção da mulher no desporto mereceu atenção especial do COA em
2003, tendo a representante de Angola frequentado acções de formação
ligadas ao desporto e a mulher - tendo participado em alguns seminários
internacionais -, o que resultou na instituição no país da associação
das mulheres no desporto.
Entre as acções programadas que, entretanto, não foram realizadas
realce para o início das escolas de iniciação desportiva do recinto
Projecto Olimpáfrica, porque o COA teve de enveredar por soluções que
não estavam previstas, como a reformulação do sistema de administração.
Isso obrigou a cessação do acordo com a ASSOJOV (Associação juvenil
de Viana), tendo o organismo olímpico chamado a si a gestão desse
centro pluridesportivo localizado no município de Viana (Luanda).
Para 2004, além da preparação da presença do país nos Jogos de
Verão, será para o Comité Olímpico Angolano também o ano do jubileu
(25 anos, assinalar-se em Fevereiro).
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