Comité de Artistas afectos ao MPLA repudia acções de vandalismo
Luanda, 01/03 - O Comité de Acção dos Artistas de Luanda, afectos
ao MPLA, "repudia veementemente" os actos de vandalismo que membros de
uma alegada formaçao política têm vindo a praticar em monumentos e sítios
históricos de Luanda, num claro atentato ao património nacional.
Numa moção chegada hoje à Angop, o Comité diz não ser estranho a prática
de actos semelhantes a estes, "sempre que se avizinha um acontecimento de
grande significado para os angolanos", como é o caso do V Congresso do MPLA,
a ter lugar de seis a nove do corrente mês, em Luanda.
Com tais actos, lê-se no documento, "os adversários da paz, da harmonia e
concórdia, com o objectivo de tirarem dividendos meramente políticos, tendem
sempre a empreender acçoes do género, com difamações e calúnias, na vã
tentativa de denegrirem o bom nome do MPLA, do Estado e do GURN e suas
instituiçoes".
Nos últimos dias, Luanda tem vindo a registar inscrições de manifestações
hostis contra as principais figuras e instituições do Estado em monumentos históricos
e infraestruturas viárias, como são os casos da passagem inferior da avenida Rei
Katyavala e o pedestal onde se encontra a estátua de Agostinho Neto, o primeiro
presidente de Angola, no Largo da Independência.
Essas inscrições têm sido assinadas alegadamente em nome do Padepa, uma
pequena formação política que pauta geralmente as suas acções de rua e
pronunciamentos com uma certa truculência.
Na sua moção, assinada pelo músico Carlos Lamartine, o Comité dos Artistas
lembra que estes monumentos "conservam a memória dos feitos heróicos dos
cultores das lutas de libertação nacional e das conquistas duramente alcançadas
ao longo do processo de emancipação nacional", pelo que se apela ao "bom
senso" no sentido do seu respeito.
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