Ministro Muteka garante no Huambo que clima de paz é duradouro
Foto Angop |
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Faustino Muteka assegurou, no Huambo, que a paz em Angola é segura para reconstruir o país |
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Huambo, 12/11 - O ministro da Administração do
Território, Faustino Muteka, afirmou Terça-Feira, na cidade do Huambo, que a paz reinante em Angola é duradoura e permite amenizar os ânimos exacerbados e dar segurança para reconstruir o país.
O governante fez estas declarações quando discursava na Praça "Saidy Mingas", no acto central alusivo ao 28º aniversário da Independência Nacional, comemorado nesta Terça-Feira em todo o país com actividades políticas e culturais.
Faustino Muteka ressaltou o empenho do executivo angolano de transformar o país num território respeitado, desenvolvido, moderno e próspero, "para que haja mais saúde, assistência médica, escolas, casas condignas e pão para todos".
O ministro, que falava em nome do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, enalteceu o Governo do Huambo pela reabilitação das infra-estruturas inauguradas em alusão à efeméride, para a melhoria e aumento da oferta dos serviços básicos às populações.
Na sua intervenção, Faustino Muteka sublinhou a importância dos governos provinciais na coordenação dos programas dirigidos para a resolução dos problemas básicos das populações, cuja execução disse caber aos beneficiários, empresários e associações locais.
Referindo-se ao processo em curso de reconciliação nacional, o
governante enfatizou o facto de os angolanos estarem a participar
naquilo que chamou de "cruzada da reconciliação nacional" e na
reconstrução do país.
"Para isso, necessitamos de campos, picadas e estradas desminadas, bem como de escolas e pontes para permitir a circulação de pessoas e seus bens", disse o ministro, acrescentando que a cruzada contra a fome, nudez, ignorância e as doenças transmissíveis exige um esforço de todos os angolanos.
No seu discurso, bastante ovacionado pelas mais de 20 mil pessoas presentes ao comício, marcadamente apelativo para a reconstrução do país e reconciliação nacional, o governante lembrou que a principal riqueza de Angola é o povo.
"Somos nós, com a nossa determinação, que temos de trabalhar
a terra, criar o gado, construir as casas e transformar as matérias
primas nas fábricas em objectos necessários", explicou, frisando que hoje, como no passado, a unidade dos angolanos é necessária para vencer os grandes desafios.
Estiveram presentes no comício os ministros angolanos e
moçambicano do Interior, Osvaldo de Serra Van-Dúnem e Almerino da Cruz Marcoa Manhenge, respectivamente, dirigentes partidários, deputados e representantes de autoridades tradicionais.
A manifestação foi antecedida da inauguração, na cidade do Huambo, do Centro de Tecnologia Alimentar, a Empresa de Montagem de Motorizadas "Yamaha" e algumas escolas do primeiro e segundo níveis do ensino geral.
O 11 de Novembro foi celebrado nas 18 províncias do país com a inauguração de vários empreendimentos sociais e realização de actividades políticas, recreativas e desportivas.
No Kuando-Kubango, foi inaugurada a Delegação Provincial das Finanças, em cerimónia presidida pelo vice-ministro do pelouro, Arlindo Praia Sicato.
Ao discursar no acto, o governante disse que quando maior for o trabalho da Delegação, melhores benfícios haverá, tendo apelodo aos empresários e ao público local no sentido a fazerem proveito da instituição para o bem da sua propriedade económica e social.
Na província do Zaíre, a efeméride foi ensobrada pelas chuvas torrenciais que se abateram sobre a cidade de Mbanza-Kongo.
Apesar do fenómeno, o governador da provincial, Ludy Kissassunda, orientou o acto local, tendo qualificado o 11 de Novembro como o culminar da longa luta de libertação nacional e apelado aos angolanos a preservarem a paz para ultrapassar as vicissitudes causadas pela guerra.
A inauguração do sistema de captação de água na zona do Curoca (Tombwa), pela ministra da Família e Promoção da Mulher, Cândida Celeste, marcou a passagem da data no Namibe.
O ministro da Comunicação Social, Hendrick Vaal Neto, que presidiu o acto no Kwanza-Sul, considerou o 11 de Novembro de 1975 como um dia inesquecível para os angolanos e para o mundo, porquanto marcou o nascimento de uma nova Nação livre e independente.
Discursando na comuna das Cachoeiras, município da Conda, o governante recordou que a luta pela independência foi um gesto histórico que envolveu os melhores filhos de Angola.
Enquanto isso, em Cabinda, o governador José Aníbal Rocha anunciou a execução de um projecto social destinado a acomodar os trabalhadores da Função Pública, consubstanciado na construção de casas, mas não avançou a data do arranque das obras nem o número de casas.
Em Malanje, o acto foi orientado pelo ministro da Energia e Águas, Botelho de Vasconcelos, que ressaltou o programa aprovado recentemente pelo governo central, visando o melhoramento e aumento da oferta de serviços básicos às populações.
Segundo o governante, o programa a ser materializado a médio e curto prazos contempla acções nos domínios da reabilitação e ampliação das redes eléctricas e de distribuição de energia e águas.
Por seu turno, o ministro da Educação, António Burity da Silva, inaugurou na Lunda-Norte o sistema de bilhete de identidade informatizado.
O programa das festividades incluiu a doação, pela Fundação Eduardo dos Santos (FESA), de três toneladas de medicamentos, géneros alimentícios e cobertores para atenuar as dificuldades das populações reassentadas.
Enquanto isso, na Lunda-Sul, o ministro dos petróleo, Desidério Costa, defendeu a canalização das receitas resultantes dos recursos produzidos na localidade para a melhoria das condições de vidas das populações.
O acto comemorativo do aniversário da Independência nesta província culminou com o lançamento da primeira pedra para a construção da hidroeléctrica do Chicapa.
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