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Jurista considera o retorno da paz como maior conquista da independência

Foto Angop
Presidente da Rede Mulher Angola, Júlia Ornelas

Luanda, 09/11 - A jurista Júlia Ornelas, presidente da Rede Mulher Angola, considerou sábado que a maior conquista dos angolanos nestes 28 anos de independência, a assinalar-se no próximo dia 11, foi o alcance da paz, em Abril de 2002.

Em declarações a ANGOP, em Luanda, a proposito do 28º aniversário da independência nacional, a jurista afirmou que a paz tem um elevado significado para os angolanos pois ela foi alcançada após mais de duas décadas de guerra.

Destacou igualmente a realização das eleições gerais no país, em Setembro de 1992, o primeiro sinal da união do povo angolano, lamentavelmente quebrado.

Afirmou que o "11 de Novembro de 1975" tem uma importância capital, porquanto a partir daquela data Angola passou a ser um país livre, um Estado soberano, possuindo identidade própria.

Contou que em 11 de Novembro de 1975 encontrava-se em Luanda, onde chegou como deslocada, fugida quatro dias antes da Província de Benguela devido a invasão de tropas sul-africanas.

Informou que na altura a esperança de uma vida melhor tinha renascido para si. "Imaginei uma Angola feliz, onde os princípios como a liberdade, o respeito e a tolerância devessem ser instituídos e respeitados", enfatizou.

Instada a fazer um balanço dos 28 anos de independência, a jurista reconheceu terem sido desenvolvidos muitos esforços para que o país vivesse hoje em paz. Porém, lamentou o aumento considerado da pobreza, os problemas no domínio da saúde, com elevados índices de mortalidade materna e infantil, e da educação, onde muitas crianças estão fora do sistema de ensino.

No entanto, disse que alcançada a paz estão praticamente criadas as condições para que estas situações sejam ultrapassadas e melhoradas as condições de vida dos cidadãos, apontando que devem ser priorizados os sectores da educação e da saúde.

No concernente a mulher, frisou que nos 28 anos esta consolidou e reforçou a sua posição de lutadora. Verifica-se que a angolana "evoluiu bastante", conquistando lugares de destaque no início da independência. A respeito enumerou uma serie de funções e actividades que a camada feminina desempenha actualmente.

A entrada em vigor do Código da Família e a criação do Ministério da Família e Promoção da Mulher, organismo para atender questões específicas deste grupo alvo, foram apontados também como grandes conquistas da população feminina.

Reconheceu, entretanto, haver muito por fazer para que a igualdade preconizada na lei constitucional seja efectiva.

Para si, a luta deve continuar para que os desequilíbrios que ainda se verificam sejam corrigidos, na perspectiva do género.

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