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Luanda, 29/08 - A segunda fase da campanha nacional contra a poliomielite, paralisia infantil, será aberta hoje no município de Viana na presença do Director Geral da Organização
Mundial da Saúde (OMS), Lee Jong Wook.
Estarão presentes também ao acto a ministra da saúde, Albertina Hamukwaia, o representante em Angola da OMS, Paolo Balladelli, outros governantes, membros do corpo
diplomático acreditado no país e deputados.
Na primeira fase, que decorreu de 25 a 27 de Julho, vacinaram-se em todo o território nacional quatro milhões, 792 mil e 967 crianças
menores de cinco anos, correspondente a 96 por cento da população prevista nos 164 municípios de Angola.
Entretanto, a cobertura vacinal nesta fase atingiu apenas 157 municípios, devido a constrangimentos causados pela rotura de
reservas de vacinas em algumas comunas e aldeias das províncias do Bié e Huambo.
Em Benguela existem dúvidas em relação a população alvo do município da Ganda, por se ter constatado que o número de crianças
menores de cinco anos, identificadas na microplanificação, ser superior ao grupo de petizes com menos de 15 anos vacinados contra o
sarampo.
Na província do Uíje, apesar de se ter realizado a vacinação em todos os municípios, 10 comunas ficaram sem cobertura por dificuldades de acesso às localidades.
Quanto a província de Cabinda, não foi possível cobrir duas comunas do município do Buco-Zau, pelos mesmos motivos.
Em face disso, as autoridades sanitárias estão a coordenar com
as Forças Armadas Angolanas a vacinação na próxima fase.
De acordo com a fonte, durante a vacinação casa a casa identificou-se uma criança de três anos com paralisia residual (não
associada a pólio), cuja mãe rejeitara a administração da vacina nas
campanhas passadas.
Em alguns municípios da província do Kwanza-Sul, a cobertura foi
superior a 100 por cento, devido ao movimento de retorno das
populações deslocadas de guerra às sua terras de origem.
Sobre a próxima fase, que será de 29 a 31 deste mês, a fonte frisou que a província de Luanda organizará um treinamento dos vacinadores, para o uso da tinta no dedo, para se identificar as crianças já imunizadas.
A administração da vitamina "A" a petizes até três anos de idade também consta do programa de vacinação dessa fase, à semelhança da
primeira, cuja abertura aconteceu na província do Bengo.
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