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Foto Angop
Populares festejam com júbilo conquista do sétimo título africano de basquetebol

Luanda, 21/08 - A recepção aos campeões africanos de basquetebol envolveu quarta-feira e madrugada de hoje milhares de luandenses que recorreram às formas mais criativas para assinalar a chegada do sétimo título continental.

A selecção nacional que em Alexandria arrebatou sábado o hepta-campeonato sénior masculino foi alvo de uma calorosa recepção iniciada ao cair da noite ainda no aeroporto pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, acompanhado de várias altas entidades do país.

A delegação dos campeões desfilou, depois, em passeata automóvel, por várias artérias calorosamente aplaudida e acompanhada por adeptos que desde o meio da tarde os aguardavam ao longo das vias do trajecto previamente anunciado pela organização. Contudo, este percurso teve de ser alterado por razões técnicas, segundo os organizadores, e sobretudo pela demora que se estava registar, por causa da grande massa popular que acompanhava a carripana da selecção nacional que rolavam ao som do músicas da actualidade dedicada à juventude.

Deslocando-se em viaturas, motos, bicicletas ou a pé e até mesmo rolando sobre patins, os aficcionados formavam uma longa fila à frente e atrás do carro com um atrelado que transportava a delegação, com os seus elementos comodamente sentados.

Os tons dominantes eram o branco, vermelho, amarelo e preto, simbolizando a paz e as cores da República de Angola, embora se sentisse também forte presença do azul, tal era o domínio dos taxis (vulgo candongueiros) durante a passeata.

Os cartazes predominantes curiosamente transmitiam mensagem ao ausente Jean Jacques da Conceição, que ficou em por Portugal por razões profissionais. O jogador não pôde por isso ler mensagens como: "Jean Jacques - o maior", "Jean Jacques, o pai da selecção", Jacques, não vá, nós te amamos". Ausentes também estiveram o treinador principal, Mário Palma, e os extremos-bases Gerson Monteiro (ficaram em Lisboa) e Carlos Almeida que seguiu para a Alemanha.

O entusiasmo da população, numa manifestação sem par em circunstâncias similares, exigiu da polícia esforços redobrados, tendo em muitas ocasiões necessidade de fazer parar o comboio automóvel para ordenar o desfile.

Automóveis e pedestres misturavam numa relação tão próxima que abeirava do perigo pela forma como alguns automobilistas ou motoqueiros conduziam, com a agravante de as bandeiras dificultarem a visibilidade de uns e de outros.

Passadas certa de três horas do início do desfile ainda não se tinham percorrido um terço do trajecto programado. Saído do aeroporto internacional Quatro de Fevereiro, o comboio de viaturas seguiu para a Avenida Revolução de Outubro, Rua Comandante Jika - Marien Ngouabi - Largo da Maianga - Mutamba - Av. 4 de Fevereiro - Igreja da Nazaré - Rua Gamal Abdel Nasser e Mercado do Kinaxixi. Até esta etapa teve de fazer várias paragens, pelo que se decidiu por alterar o trjecto.

Assim, a organização decidiu encurtar a passeata, que não seguiu mais para a Rua Ndunduma, mercado de S¦o Paulo - Rua Ngola Kiluanji - Rua da Brigada - av. Hoji ya Henda - Imbondeiro do Cazenga - Frescangol - Av. Deolinda Rodrigues.

Deste modo, grande parte dos adeptos do basquetebol, mormente dos bairros mais populosos da cidade como o Cazenga, ficaram privados de manifestar directamente a sua alegria aos rapazes de ouro.

Ao invês disso, subiu o Largo do Kinaxixi até à Alameda Manuel Van-Dunem, seguindo até ao largo da Independência - Av. Ho Chi Min e mais de três horas depois da hora prevista chegou ao destino: largo adjacente à Rádio Nacional de Angola (município da Maianga).

Ali, com o largo já com lotação esgotada, o entusiasmo foi mais acentuado e concentrado, animado com música que prosseguiu até às primeiras horas desta madruga, pois os luandenses deram uma vez mais uma prova de profunda intimidade com o basquetebol tal como a selecç¦o nacional o é com os títulos.

Angola arrebatou sete titulos nas oito últimas edições do campeonato africano (Afrobasket).

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