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Luanda, 20/08 - O seleccionador nacional, Mário Palma, que
chega a Luanda com o seu tri-campeonato africano, igualou o recorde de
vitórias no Afrobasket ao serviço da selecção de Angola na posse de
Victorino Cunha.
No 22º Campeonato Africano sénior masculino de Basquetebol,
disputado entre 07 e 16 de Agosto em Alexandria, Egipto, Angola sagrou-se pela
sétima vez nas últimas oito edições campeã continental e o treinador obteve o seu
terceiro título consecutivo.
Assim, passa a partilhar equitativamente com o treinador
Victorino Cunha o ranking de títulos à frente da selecção de Angola,
completando o quadro o já falecido Wlademiro Romero que conduziu
o país a um trofeu continental.
Victorino Cunha conseguiu três títulos consecutivos, ao conduzir
Angola à vitória nas edições de Luanda-1989, Cairo-1991 e Nairobi-1993.
Estes três êxitos sucessivos permitiram que o país ficasse com o trofeu
em definitivo. Palma acaba de fazer exactamente o mesmo.
Para chegar às três medalhas de ouro, contudo, Cunha teve de se
conformar com um nono lugar na sua estreia, no campeonato de
Mogadíscio-1981, tendo deste modo piorado o sétimo lugar de Mário Palma na edição anterior.
Melhorou, entretanto, para uma medalha de prata em Abidjan 1985,
na segunda final africana do país, e depois um terceiro lugar em Tunis
1987.
Mário Palma foi o primeiro treinador da história da selecção
nacional no Afrobasket, quando em 1980, em Rabat (Marrocos), o país se
apresentou pela primeira vez na competição continental. Na ocasião,
Angola classificou-se em 7º lugar.
Após esta prova, o luso-guineense foi substituído, tendo regressado
apenas quase duas décadas depois, em 1999, na 20 edição realizada em
Luanda e Cabinda, onde obteve a sua primeira medalha de ouro, a qual se
seguiram os títulos de Marrocos-2001 e agora Alexandria-2003.
O terceiro técnico que orientou a formação hepta-campeã foi
Wlademiro Romero, falecido em 1999. Este seleccionador "deu" a primeira
medalha para o país, ao ocupar em 1983 o segundo lugar na edição da
prova disputada em Alexandria-1983.
Doze anos depois, Romero conquistaria a sua única medalha de ouro
ao serviço de Angola, em Argel 1995, título que viria a perder na edição
seguinte (Dakar 1997), onde não conseguiu melhor que um 3º lugar.
Esta prova foi a única em que Jean Jacques da Conceição não
participou e coincidentemente foi a única que os angolanos não venceram
desde o primeiro triunfo em 1989.
Angola iniciou a sua participação no Afrobasket em 1980 e venceu
sucessivamente em Luanda 1989, Cairo 1991, Nairobi 1993 e Argel 1995.
Aconteceu o interregno em Dakar 1987, e depois retomou o ciclo de
vitórias em 1999 (Luanda e Cabinda), Rabat e Casablanca 2001 e
Alexandria 2003.
Este percurso triunfal permitiu-lhe presenças em quatro edições
consecutivas dos Jogos Olímpicos (1992, 1996, 2000 e 2004) e em igual
número do campeonatos do mundo embora de maneira intercalada (1986, 1990, 1994 e 2002).
Ranking dos seleccionadores no Afrobasket:
Treinador |
participação |
Ano |
Classicação |
Victorino Cunha |
Luanda
|
1989 |
1º |
|
Cairo |
1991 |
1º |
|
Nairobi
|
1993 |
1º |
|
Abidjan
|
1985 |
2º |
|
Tunis
|
1987 |
3º |
|
Mogadíscio
|
1981 |
9º |
Mário Palma |
Luanda
e Cabinda |
1999 |
1º |
|
Rabat
e Casablanca |
2001 |
1º |
|
Alexandria
|
2003 |
1º |
|
Rabat
|
1980 |
7º |
Wlademiro Romero
|
Argel
|
1995 |
1º |
|
Alexandria
|
1983 |
2º |
|
Dacar
|
1997 |
3º |
|