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Luanda, 20/08 - Analistas do basquetebol defendem que a
manutenção da hegemonia do basquete angolano no continente,
consolidada com o recente triunfo do Afrobasket de Alexandria-2003, só
será possível caso haja maior investimento a nível interno.
Esta posição foi apresentada segunda-feira à noite, por
treinadores, ex-praticantes e comentaristas, quando participavam no
programa semanal da Televisão Pública de Angola "Jogo Aberto", cuja
edição foi dedicada ao rescaldo da conquista do sétimo título
conquistado sábado em Alexandria, Egipto, pela selecção sénior
masculina.
A construção de mais quadras de jogo em todo o território nacional e a
aposta no desporto escolar, a formação e actualização constante dos
técnicos foram apontados como prioridades do momento.
Para o desenvolvimento da modalidade, o técnico Tó Ventura afirmou ser
importante a sensibilização das classes política e empresarial.
O Analista desportivo Mariano de Almeida apontou que para colmatar a
deficiência na posição de postes é necessário um trabalho de pesquisa
a nível das províncias do Sul e do Leste do país, nomeadamente Cunene e Kuando Kubango, regiões em que existem indivíduos
com estatura apropriadas para a prática do basquetebol.
Os participantes chegaram ainda à conclusão que o trabalho de
continuidade não está ser feito na selecção sénior, visto que a equipa
que sábado conquistou o "hepta" em Alexandria tem uma média de
idade de 30 anos.
Defendem para os Jogos Pan-africanos em Abuja, Nigéria, em Outubro, a
inclusão de alguns jogadores que recentemente integraram a selecção de
júnior que esteve no Campeonato do Mundo na Grécia.
Participaram no programa o treinador José Morais e o ex-praticante e
comentarista Jorge Ferreira.
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