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Foto Angop |
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Selecção nacional de Angola de basquetebol |
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Luanda, 14/08 - A selecção nacional pode conseguir em Alexandria a sua
quarta presença consecutiva em jogos olímpicos se vencer o 22º campeonato africano sénior masculino de basquetebol, que decorre na cidade egípcia até sábado.
Para tal, Angola - que representou África nas três últimas edições dos Jogos de
Verão, competição reservada ao campeão africano - precisa de ultrapassar esta noite a
selecção do Egipto em partida das meias-finais com início às 19h00 de Angola.
A primeira participação olímpica do basquetebol angolano aconteceu em
Barcelona92, tendo ficado na história por ter sido o baptismo dos jogadores da liga
norte-americana de basquetebol na competição.
Na cidade espanhola, o combinado nacional liderado pelo técnico Victorino Cunha realizou um proesa ao derrotar a selecção anfitriã por 20 pontos de diferença, feito que espantou
o mundo.
Formada por um conjunto onde pontificavam Jean Jacques, José Carlos Guimarães, Aníbal Moreira e Victor Carvalho, Ângelo Victoriano, Manuel Sousa Necas, Herlander Coimbra e Paulo Macedo, Angola venceu a Espanha por 83-63 no grupo B das preliminares.
Entretanto, os angolanos serão também recordados por terem sido os primeiros a enfrentar uma selecção dos Estados Unidos constituída por jogadores da NBA. Na estreia do torneio espanhol, os campeões africanos defrontaram Michael Jordan, Magic Jonhson, Pat
Ewing, Larry Bird, Pippen, Malone Barckley entre outros. O resultado final foi obviamente
expressivo: 48-116 (com 16-64 ao intervalo).
Quatro anos depois, nos jogos olímpicos de Atlanta`96, Angola voltou a ser
embaixadora do continente já com o estatuto de tetra-campeão africano, depois de ter
conquistado em Argel 95 o seu quarto trofeu consecutivo.
Nesta edição registaram-se as estreias de Justino Victoriano, actualmente a jogar pela
Universidade de Utep do EUA, e o seu irmão Edmar, constituindo o trio familiar com Ângelo;
e ainda Honorato troso, sob orientação de Wlademiro Romero.
Em Atlanta, voltaram a cruzar com os jogadores da NBA, numa equipa onde
encabeçada pelo "gigante" Shaquille O`neal e por Hakeem Olajuwon, e contou ainda com Gary Payton, Afernee Hardway e David Robinson entre outros.
Desta feita o resultado entre si não foi tão alargado: 54-87 (31-44 ao intervalo).
Aliás, neste torneio olímpico a selecção nacional, mesmo sem contar com Jean Jacques da Conceição, obteve já alguns resultados equilibrados, por exemplo contra a Argentina
(62-66) ou China (67-70).
A terceira participação, em Sidney 2000, com o actual treinador da selecção
(Mário Palma) e um conjunto em fase de renovação, não saiu os EUA no sorteio, mas
outra potência e campeão do mundo em título, a Jugoslávia, contra quem Angola realizou
uma espectacular partida tendo perdido por apenas nove pontos (73-64).
Jogadores como Miguel Lutonda, Garcia Domingos, Buila katiabala, Victor Muzadi e Belarmino Chipongue enriqueceram o seu curriculum desportivo com a estreia nesse torneio.
Portanto, a manutenção desta trajectória começa hoje, diante dos egípcios, que também ambiciona regressar ao convívio mundial de que se tem mantido distante precisamente devido ao poderio de Angola, que nos últimos sete campeonatos venceu seis, enquanto que o
Egipto não ganhou nenhum um Afrobasket desde 1983.
Além de garantir presença na próxima edição dos jogos olímpicos de Atenas (Grécia), se a selecção nacional vencer a prova de Alexandria vai distanciar-se no Ranking africano com sete títulos contra cinco do Egipto e Senegal. Se não conseguir poderá ver-se igualada no topo
caso não seja a Nigéria a vencer a prova.
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