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Angola continua sem registar casos de poliomielite desde 2001, reafirma o Ministério angolano da Saúde (Minsa) |
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Luanda, 07/08 - Angola continua sem registar casos de
poliomielite desde 2001, reafirmou nesta quarta-feira o Ministério da Saúde (Minsa), em comunicado de imprensa divulgado em Luanda.
A nota surge em reacção à alegada notificação de dois casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA) entre Agosto de 2002 a Junho deste
ano em Longonjo, província do Huambo, o que, segundo o Minsa, não
significa pólio, porquanto as diferenças são substanciais.
Uma criança pode ser afectada por PFA e não ter sido vítima
necessariamente de pólio, pois existem várias doenças que causam
paralisia flácida, incluindo a poliomielite, esclarece o comunicado.
A nota acrescenta que o sistema nacional de vigilância epidemiológica
investiga todos os casos de paralisia flácida para confirmar ou descartar
a circulação do vírus selvagem da poliomielite no país.
Este ano, espera-se a detecção, notificação e investigação de pelo
menos 72 casos de paralisia flácida em todo o país.
Segundo a nota de imprensa, as equipas do PAV, apoiadas pelos
parceiros internacionais da iniciativa de erradicação da poliomielite
em Angola, realizaram entre os dias 25 e 27 de Julho a 1ª fase das
jornadas nacionais de vacinação.
Dados preliminares de 114 municípios, dos 164 cobertos, mostram
que foram vacinadas mais de três milhões de crianças. A previsão é de
mais de quatro milhões de petizes.
Durante esta fase da campanha, não foram notificados casos de
Paralisia Flácida Aguda (PFA).
Os vacinadores foram aconselhados a notificarem de casa em casa
eventuais casos de PFA durante os dias da campanha, com vista ao
reforço das actividades de vigilância.
Deste modo, pretende-se melhorar a taxa de notificação de casos
de PFA a nível nacional, com o objectivo de ultrapassar a meta mínima
estabelecida segundo os padrões internacionais, ou seja, um caso por
cada 100 mil crianças menores de 15 anos.
O informe frisa que, na realidade, a detecção de casos de Paralisias
Flácidas é um indicador de qualidade da erradicação da pólio.
O vice-ministro da Saúde, José Van-Dúnem, reafirmou no dia 28
de Julho que felizmente Angola não regista nenhum caso de pólio
desde Setembro de 2001, graças ao esforço que se tem vindo a
desenvolver com a vacinação de mais de três milhões de crianças,
desde 1996.
A segunda fase das jornadas nacionais de vacinação contra a
pólio terá lugar nos dias 29, 30 e 31 de Agosto de 2003.
Tal como na primeira fase, a segunda ronda de vacinação vai
permitir reforçar o sistema de vigilância epidemiológica, através da
busca activa de casos de PFA.
As autoridades sanitárias do país e os seus parceiros congratulam-se
com a mensagem de Lee Jong-Wook, novo director geral da OMS, na
qual felicita Angola por ter conduzido com sucesso a primeira fase da
campanha nacional.
O sucesso obtido só foi possível graças ao empenho de cerca de
30.000 pessoas, entre vacinadores, mobilizadores, activistas, autoridades
municipais e pessoal da saúde.
No comunicado, o Minsa agradece aos Meios de Comunicação
Social, cujo envolvimento facilitou a mobilização da população e
consequente resposta favorável dos pais e mães em todo o espaço
nacional.
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