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SADC vai implementar campanha de luta contra malária e HIV/Sida

Luanda, 06/03 - Uma campanha para a erradicação da malária na região austral de África será realizada, a partir de Abril próximo, pelos países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), anunciou hoje, em Luanda, a ministra angolana da Saúde, Albertina Hamukwaia.

Na ressaca da constituição do Comité Integrado de Ministros da SADC, a governante disse que a campanha compreenderá duas componentes (interna e externa).

A componente interna será desenvolvida em cada país membro, enquanto a externa abrangerá a região austral do continente.

Em Angola, a primeira começará em Luanda e estender-se-á as províncias do Kwanza-Sul, Huambo, Benguela e Bié. Durante a jornada, serão distribuídos mosquiteiros, insecticidas e medicamentos - uma acção que visa informar, prevenir e sensibilizar a população sobre os danos que a doença causa.

A componente externa da campanha começará em Angola, passará pela Namíbia, África do Sul e terminará em Arusha (Tanzânia). Ambas componentes serão efectuadas através de um rali automóvel.

O Comité Integrado vai igualmente implementar programas de luta contra o HIV/Sida e erradicação da pólio na região, questões prementes nos planos de trabalho dos especialistas da saúde que integram o novo órgão, oficialmente apresentado, quarta-feira última, na reunião de peritos que preparam a agenda para a reunião do Conselho de Ministros da SADC, a realizar-se nos dias nove e dez do corrente mês.

Relativamente ao HIV/Sida, está a ser preparada uma conferência regional, que provavelmente terá lugar em Maio, com o objectivo de dar maior abrangência aos programas e acções que têm sido implementados pelos países membros, com vista a combater a pandemia na região.

O incremento de políticas para a redução de preços dos anti-retrovirais, por forma a permitir que a população de baixa renda os possa comprar e aumentar o acesso dos doentes à esta terapia, são desafios a serem encarados pelo comité.

Consta também do programa de acção desta nova estrutura da SADC, a resolução dos outros problemas que o continente africano ainda vive.

De acordo com estudos feitos, a crise alimentar que afecta a região austral do continente africano abrange 15, 2 milhões de pessoas, criando a necessidade de ajuda alimentar, avaliada em 1.6 milhões de toneladas alimentar.

A região, no plano sócio-económico, depara-se com a falta de fundos no sector agrícola, vários anos de seca e catástrofes naturais, associadas as doenças como o HIV/Sida, a malária e outras doenças que têm contribuído para a degradação das condições de vida da população.

A nova estrutura da SADC foi criada no âmbito da reformulação da comunidade regional, com vista a responsabilizar-se pelo acompanhamento do processo de restruturação, além de cuidar das funções executivas, tornando o organismo mais executivo, económico e com maior poder de concentração - um processo iniciado em 2002.

Constituído por quatro direcções - economia e finanças, indústria, infra-estruturas e política - sectores que vão encarregar-se de viabilizar as acções deste organismo regional e tornar mais célere a execução dos programas.

Com a criação desta nova estrutura regional, deixaram de existir, desde 2002, os sectores por países, que anteriormente eram da responsabilidade dos comités sectoriais de ministros, de acordo com as áreas de cooperação e integração regional, e criaram-se quatro direcções todas concentradas no secretariado da SADC.

O lançamento do comité integrado surge no cumprimento de orientações emanadas pela cimeira extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, realizada em Março de 2001, em consequência da aprovação do relatório sobre a revisão das operações das instituições deste organismo e do seu processo de restruturação.

O comité é uma instituição de responsabilidade vital para o futuro da comunidade dos países membros, encarregue de supervisionar as actividades da organização, que deve assegurar a orientação, coordenação e harmonização das políticas e actividades entre os sectores, bem como a discussão sobre o plano indicativo estratégico de desenvolvimento regional.

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