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O surgimento da Unidade Africana (UA)

Líderes africanos reunidos na trigésima sexta cimeira da então Organização da Unidade Africana (OUA), realizada a 12 de Julho de 2000, na capital togolesa, Lomé, aprovaram um projecto da autoria da Líbia.

Neste importante documento, apresentado pelo líder líbio, Muammar Kadhafi, defendia-se a criação de um parlamento africano único, uma corte de justiça continental, entre outras estruturas, à semelhança da União Europeia.

No pensamento dos líderes africanos, a União Africana é um símbolo dos “Estados Unidos de África” e gratifica a luta desenvolvida por Kwame Nkrumah, Du Bois, Silvestre, Patrice Lumumba, Julius Nyerere e outros nacionalistas africanos, cujos esforços tiveram como lema: “Uma África para os africanos”, independência total, unidade africana, nacionalismo, não ingerência nos assuntos internos dos estados membros, entre outros direitos.

Ex-Embaixador namibiano, Charles Namoloh, durante encontro com Roberto de Almeida

20001

02 de Março

Cerca de 40 chefes de Estado e de Governo, reunidos na 5ª Cimeira extraordinária da OUA em Sirte, Líbia, a convite do presidente líbio, Muammar Kadhafi, proclamam o nascimento da União Africana (UA).
- Angola adere formalmente ao projecto de tratado da UA, entidade que no futuro deve substituir a Organização da Unidade Africana (OUA).

25 de Maio

A lei constitutiva da União Africana, organismo que vem abrir uma nova página para a organização continental, começa a vigorar a partir desta data, anuncia, em Luanda, o embaixador da Namíbia em Angola, Charles Namoloh.

10 de Julho

O Secretário-Geral cessante da OUA, Salim Ahmed Salim, anuncia em Lusaka, Zâmbia, que 50 Estados africanos ratificaram a Acta Constitutiva da União Africana.

Presidente angolano manteve encontro com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em Durban, na África do Sul (08/07/2002)

2002

02 de Janeiro

O Presidente interino da Comissão da União Africana, Amara Essy, deseja, por ocasião do Novo Ano, ver em 2003 um continente “determinado” a pôr fim aos conflitos que ensanguentam e a lutar contra pandemia do HIV/Sida.

09 de Julho

O acto oficial do lançamento da UA ocorre em Durban, África do Sul, numa cerimónia assistida por cerca de 40 chefes de Estado e de Governo africanos, entre os quais o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos.

14 de Setembro

A União Africana dota-se, na capital argelina, de um plano de acção contra o terrorismo, e elege Argel como sede de um centro continental de estudos e investigações.

2003

15 de Janeiro

Membros do Comité “ad-hoc” da União Africana para o controlo da implementação das sanções contra a Unita chegam a Luanda para avaliar com as autoridades angolanas a nova realidade política do país.

Vistas da cidade de Addis Abeba, Etiópia, capital do panafricanismo

03 de Fevereiro

Addis Abeba, Etiópia, é neste momento a capital do continente e do panafricanismo, cidade de contrastes que alberga a sede da União Africana, recém inaugurada pelos chefes de Estado e de Governo de África e onde estão a ser analisados os grandes dossiês que fazem a actualidade do continente e reforçadas as estratégias que permitirão transformar a UA num organismo capaz de conduzir com eficácia as almejadas mudanças.

04 de Fevereiro

A União Africana opõe-se firmemente a uma guerra contra o Iraque e adverte que o conflito no Golfo Pérsico poderia ter um impacto negativo sobre a economia do continente, por levar a um aumento do preço do petróleo.

05 de Fevereiro

A primeira Cimeira Extraordinária da União Africana exorta o governo da Côte d’Ivoire e os rebeldes daquele país a “honrar os compromissos assumidos, a criar condições para uma rápida implementação do acordo, apoiando os líderes da região por todas as iniciativas tomadas para se colocar fim à crise e trazer a paz neste país”.

18 de Março

A UA condena veementemente o golpe de Estado ocorrido na República Centro Africana, liderado pelo general rebelde François Bozizé.

26 de Abril

A União Africana convida as famílias e indivíduos do continente a impedir que a malária entre nas suas residências, sublinhando ser uma doença evitável e curável.

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